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Terra

Morar na lagoa

O exêdo populacional devi­do à guerra teve em Luan­da o principal porto de abrigo. Numa cidade sem cons­trução habitacional ordenada, a saída para muitos foi a ocupação de edifícios inacabados desde 75. a “Prédio da Lagoa” é um deles.

António, um jovem, foi para lá mora, há 12 anos, só o rés-do ­chão, o primeiro e segundo anda­res eram habitados. “Ninguém estava interessado em subir mais uns degraus”.

Considerando-se um veterano, António viu-se surpreendido, na década de 90, quando começam a chegar mais inquilinos, na sua maioria deslocados de guerra. “O prédio começou a ser propria­mente ocupado por volta de 1993”, acrescenta.

Só que hoje deixou de ser “propriedade” de deslocados. “Está aqui muita boa gente”, segreda-­nos o nosso guia. Feitas contas, lá foram parar juristas, médicos, jor­nalistas, engenheiros e detentores de outras profissões de “top”. É o velho problema habitacional que tem unido, poucas vezes, e sepa­rado, na maior parte, muitas fa­mílias angolanas. a Agora tentou falar com alguns dos quadros su­periores que lá vivem, mas todos furtaram-se a fazê-lo.

Mas deu para ver que estes in­quilinos trataram de acabar a construção do prédio à sua maneira. “Cada um procurou um meio de construir a sua casa e mais nada”, disse ainda o nosso informante. a material de cons­trução utilizado no seu interior confirma este dado.

Só que uma coisa terá passado despercebido a estes cidadãos.

Os problemas de canalização e das instalações eléctricas man­têm-se. A água tem de se ir buscar ao rés-do-chão, onde há uma torneira, felizmente deixada pe­los portugueses.

É um “Deus nos acuda” para aqueles que moram mais perto de céu. E como na vida o hábito faz lei, só resta galgar sem pro­blemas aqueles andares várias vezes ao dia. “Já estamos habi­tuados a isto. A principio passá­vamos mal, mas agora já não é nenhum problema” disse um jo­vem por nós abordado quando ia buscar o precioso liquido. Talvez por medo, não sabemos se da fal­ta de corrimão ou da lagoa ao lado, não revelou o seu nome.

E quanto a energia eléctrica? Esta vem da melhor maneira possível os fios que se cruzam na área testemunham os esforços envidados para se ter um míni­mo de iluminação ou para se li­gar a geleira e o televisor.

O jovem que falou sob o anoni­mato disse ainda que “a energia vem dos prédios vizinhos. Basta conversar com um amigo e puxa-se fio”, frisou.

Perigos e temores. É assim que pode ser caracterizada a vida diária de muitos dos inqui­linos daquele prédio. Apenas o rés-do-chão e o entre -piso ga­bam-se de ter um corrimão. A falta destes é a razão para os te­mores dos pais de filhos de ten­ra idade.

Mas, curiosamente, enquanto subíamos, uma criança no sexto piso brincava na maior das cal­mas com umas amigas. Quando repórter a perguntou se não tinha medo de brincar ali, a resposta foi pronta: Não.

Uma senhora que passava na altura apenas atirou-nos esta:

“Vamos fazer mais como?”. De outros moradores soubemos que são raros os casos de quedas!

De noite, sem iluminação, fácil é de imaginar quais podem ser os perigos para quem circula por aqueles degraus e escadarias. Mas neste caso também fomos confortados com mais uma res­posta de rajada:

“Não há problemas. Estamos habituados à escuridão”. Só que a senhora que nos forneceu tal infor­mação também disse que prefere entregar “ao Deus Todo-Poderoso” o cuidado dos seus filhos que brincam naquelas escadas.

Quanto ao facto de crianças morrerem na lagoa ao lado do prédio, vários cidadãos disseram ao Agora ser um caso que aconte­ce apenas “com os meninos de rua que normalmente vão brin­car ali ao lado”. “Nunca aconte­ceu caso idêntico com as crianças aqui do prédio”, disse Um dos interpelados.

Outra jovem acrescentou ainda que se trata de um mito de que as crianças que ali caem moram ne­cessariamente no prédio, o que, segundo ela, constitui “um gran­de equívoco”.

Outro problema que preocupa seriamente as pessoas é os di­reitos de propriedade. Um habi­tante assegurou-nos que existe documentação municipal da Ingombota.

“Temos documentos que pro­vam os nossos direitos e provam os nossos direitos de propriedade na administração. Por isso nunca tivemos qualquer problema com aquele órgão”, acrescenta o jovem que só falou sob garantia de man­termos o anonimato.

Em busca da verdade, o Agora procurou o coordenador da co­missão de moradores daquele edi­fício, mas foram infrutíferas todas as tentativas por nós feitas.

Proprietários dos restaurantes contra ordem de expulsão

Os PROPRIETÁRIOS dos restaurantes no espaço que vai do Farol Velho (ex_­escola de Hotelaria) ao Ponto Final, e que estão delimitados pela avenida Murtala Mohamed e a Baía de Luan­da, têm de fechar os estabelecimen­tos até terça-feira, dia 25. O ultimato não agradou aos proprietários que exigem indemnizações por parte do Governo da Província de Luanda.

O despacho nº 001/2011 do GPL, a que o Novo Jornal teve acesso, diz que os utentes deverão retirar todos os pertences até ao dia 25 de Janei­ro de 2011.

O mesmo documento diz ainda que, a partir daquela data, a área será ve­dada ao público e a todo tipo de uti­lização que não esteja integrado no plano de requalificação e revitaliza­ção da zona. Diz também que as reclamações só serão resolvidas a pos­teriori, a partir do dia 10 de Fevereiro de 2011. Os proprietários não acredi­tam na história e querem respostas já.

O coordenador da comissão da ex­planada do Ponto Final, Justo Antó­nio Capitão, disse ao Novo Jornal que foram surpreendidos com a informa­ção que os restaurantes também ti­nham de sair da Ilha de Luanda. “Não estamos a entender o que se está a passar. Primeiro recebemos um documento da administração co­munal a informar que tínhamos oito dias para deixar o local, porque a zo­na seria requalificada. Depois de um encontro com o administrador co­munal, Cyrus Cordeiro da Marta, fo­mos informados que o documento foi anulado por ordens superiores e que poderíamos ficar sossegados”, afirma.

Segundo a fonte, no ano passado, tiveram um encontro com a ex-governadora de Luanda, Francisca do Espírito Santo, onde a governante garantiu que as aéreas a requalificar seriam a partir da administração até à casa dos desportistas. No Ponto Fi­nal apenas seria retirado o restau­rante que está junto ao Farol. “Nós ficámos calmos. Como é que agora estão a dizer que temos de abando­nar a zona. Nós temos várias pessoas que trabalham aqui, o que será des­tas faml1ias?” questionou a fonte. Segundo os proprietários, os res­ponsáveis do GPL não dizem o que é que vão fazer no espaço, nem dizem se vão indemnizar as pessoas. “Nós queremos saber o que é que vão fazer aqui e exigimos que nos indemni­zem, porque temos documentos das Finanças, que comprovam que nós pagávamos, e alguém tem de se res­ponsabilizar por isso”, insistiu.

O Novo Jornal apurou que os restau­rantes do Tamariz e Miami Beach não vão ser retirados do local.

Suzana Augusto de Melo, adminis­tradora municipal, disse à imprensa que esta decisão foi tomada no final da reunião de uma equipa multi-sec­torial, liderada pelo governador pro­vincial, José Maria Ferraz dos San­tos, e a administração municipal. O objectivo é acabar com a anarquia que se verifica na Ilha do Cabo ..

De acordo com a responsável, ficou igualmente decidido acabar-se com os mercados informais, incluindo as barracas de comes e bebes localizadas no ponto final na Chicala I. Re­feriu que esta medida visa discipli­nar a construção de infra-estruturas hoteleiras, a retirada das cabanas de pescadores, de espaços vedados, das roulotes, das carcaças de viaturas e de barcos, ao longo da orla marítima da Ilha de Luanda.”As praias são espaços de lazer para o público e não podem ser vedados de forma deliberada”, sublinhou.

A Ilha do Cabo ou Ilha de Luanda é uma estreita língua de terra com se­te quilómetros de comprimento que, separando-a do Oceano Atlântico, cria a Baía de Luanda. É um local de divertimento e de prazer para os ha­bitantes da cidade, no qual se en­contram bares, restaurantes, disco­tecas, hotéis, mercados de rua e praias.

Detectadas obras ilegais

Mais de 40 obras de construção civil de particulares em condição ilegal foram detectadas, nos últimos dias, pela Administração Mu­nicipal da Ingombota, em Luanda, na comuna da Ilha do Cabo. As autoridades não revelaram se en­tre as construções ilegais se en­contram os prédios de vários an­dares que entram em conflito com o tecido urbano da zona.

A administradora municipal, Su­sana Augusto de Melo disse ontem que as obras ilegais, estão na sua maioria localizadas nos bairros da Chicala-I, Salga, Lelo e em algumas zonas da orla marítima. Alguns edifícios construídos em altura estão na lista detectada pelos agentes da fis­calização e foram construídos sem licença e sem respeito pela tradição urbanística da Ilha do Cabo Das obras constam casas, alguns edifícios com mais de três pisos e unidades hoteleiras de pequeno es­calão. Nesta primeira fase os fis­cais detectaram 40 construções ile­gais e que põem em causa o equilí­brio urbanístico da Ilha do Cabo e a sua função de agente catalizador do turismo em Luanda.

 A Administração Municipal da Ingombota, numa segunda fase, vai ao “fundo do problema” por­que a sua administradora quer averiguar em que condições foram concedidas licenças de construção para alguns edifícios que chocam claramente com o tecido urbano da Ilha de Luanda.

 “Em outras ocasiões vamos ver quem emitiu as licenças, se são ór­gãos competentes ou não, até por­que a administração Municipal, de acordo com a Lei, só pode autorizar edifícios até três pisos, fora disto não pode licenciar, com vista ao reordenamento da em curso na Ilha. Por isso, os que fizeram obras sem a devida autorização vão ser responsabilizados”, frisou Susana Augusto de Melo.

As autoridades administrativas da Ingombota iniciaram, quinta-feira, a reavaliação da documentação dos alegados proprietários de espaços públicos e de licenças de obras de construção civil, na Ilha do Cabo.

Desde a ponte até ao farol, todo o es­paço tem grandes potencialidades turísticas e já foi o maior cartaz turís­tico de Angola. Para preservar as co­munidades de pescadores e as características únicas da Ilha, as licenças de construção obedeceram a regras “apertadas” e as construções em al­tura eram proibidas.

No auge do mercado turístico, fo­ram construídos “ateliers” para artesãos que além da oficina tinham um espaço para venda das suas obras. A pressão humana sobre a Ilha deitou por terra todas as “protecções” e hoje a degradação ambiental é visível.

O processo de detecção de construções ilegais está a ser feito por uma equipa da Administração municipal da Ingombota, composta por especialistas do gabinete técnico, secções do comércio, serviços comunitários e espaços verdes, turismo e fiscalização, em conjunto com a Capitania do Porto de Luan­da, que tem toda a orla marítima da Ilha sob sua jurisdição e a quem ca­be impedir construções no domínio público marítimo.

A administradora Susana de Me­Io disse que o processo de fiscaliza­ção em curso visa determinar a con­dição legal de cada um, uma vez que são evidentes as ocupações de­sordenadas e as construções anár­quicas que fizeram da Ilha de Luan­da um espaço poluído.

Susana augusta de Melo garantiu que após as peritagens as autorida­des vão proceder ao enquadramento das construções à luz das normas, re­gulamentos e das leis que regem a ocupação de espaços públicos ou com capacidade construtiva.

As construções particulares e a ocupação de espaços públicos, lem­brou Susana de Meio, devem obe­decer às normas urbanísticas e de ordenamento que o Governo Pro­vincial determinou.

 

 

Continua o realojamento do cazenga para o zango

A administração municipal do Cazenga, em Luanda, continua a transferir para o Zango (Viana) fa­mílias residentes na rua da Lama, Fortuna e Cacimbas, afectadas pela chuva, no quadro da melhoria das condições básicas da população.

De acordo com o administrador municipal, Victor Nataniel Narciso, pelo menos 50 famílias que viviam em situação crítica tinham, até on­tem, sido transferidas para o Zango.

O administrador adiantou que falta apenas desalojar algumas fa­mílias para se terminar o projecto de realojamento, o que vai permitir a abertura de vias que vão possibi­1itar o escoamento das águas. Os moradores que ainda não foram transferidos para zonas seguras continuam a ter dificuldades, devi­do às águas estagnadas nas ruas.

Victor Narciso afirmou que ainda há muito por fazer, mas a intervenção que está a ser levada a cabo pela ad­ministração municipal para o escoa­mento das águas está a surtir efeitos.

Houve a necessidade de se fazer uma avaliação do projecto elabo­rado na rua da Fortuna, Lama, Ca­cimba e Mazambi, e na sua opi­nião a estratégia está a resultar. Fo­ram montadas no terreno cinco moto-bombas para facilitar o escoamento das águas para a vala de drenagem do Cariango.

Ocupação anárquica e ilegal de terrenos

A ocupação anárquica e ilegal dos ter­renos pela população, com particular incidência na província de Luanda, é um problema antigo que, na actuali­dade, Ganha dimensões assustadoras e contornos bastante preocupantes.

A queixa que chega da Empresa de Desenvolvimento Urbano (Edurb) de que cerca de 300 hectares da sua reserva para o programa de urbanização de Lu­anda Sul estão comprometidos, devido à sua ocupação ilegal por parte da popula­ção, espelha bem a situação que se vive num sector de per  si sensível.

Em virtude desta situação, a Edurb, segundo os seus gestores, vive o mo­mento mais crítico da sua existência, com uma luz amarela a anunciar uma situação de quase falência técnica, o que, diga-se, poderia ter sido evitado se os distintos actores responsáveis pela distribuição legal dos terrenos tivessem jogado preventivamente.

Se é verdade que a sede de ocupação ilegal de terrenos por parte da popu­lação caminha de mãos dadas com a ânsia de enriquecimento fácil, através de negociatas ilegais, também é verdade que a população tem agido assim, precisamente porque as entidades que deve­riam velar pela ordem simplesmente não o fazem, ou, pior ainda, embarcam elas próprias em esquemas de distribuição ilegal dos terrenos.

Dir-se-á que a Edurb, criada em 1994, precisamente para tomar conta do cresci­mento da cidade de Luanda, através da melhoria da qualidade da vida da popu­lação, mergulhou num lamaçal de onde será difícil sair.

É que, como o provam várias ocorrên­cias, para que a população saia desses espaços sem nenhum tipo de embaraços, será necessário que se distribuam outros terrenos.

É, de resto, um ciclo vicioso que po­deria ter sido evitado, nesta e em várias outras situações, se, de facto, os fiscais do Governo Provincial de Luanda, que cuidam dos terrenos pertença da edilidade, tivessem jogado preventivamente, ou seja, que evitassem a ocupação.

 

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