Os CERCA DE 903 MIL e 860 militantes que o comité provincial do MPLA controla em Luanda estão mobilizados para ajudar o novo governador da província, José Maria a ultrapassar alguns problemas que a urbe enfrenta.
Essa garantia foi dada terça-feira, pelo primeiro secretário provincial de Luanda do MPLA, Bento Bento, quando falava na cerimónia de cumprimentos de início do ano.
Bento Bento, mostrou-se “bastante preocupado” com o débil saneamento básico da cidade capital, mas prometeu que os militantes com a ajuda do governo tudo farão para transformar Luanda numa cidade limpa.
“Os actuais problemas da sociedade luandense estão vinculados directa ou indirectamente à estruturação da “família referiu.
Segundo ele, as famílias estão ligadas a valores fundamentais que quando violados trazem danos incalculáveis
A sociedade.
O militante do MPLA, António Ramos, disse ao NJ que o saneamento básico é um conjunto de procedimentos adoptados numa determinada região que visa proporcionar uma situação higiénica saudável para os habitantes.
Na qualidade de militantes do MPLA que governa o país, temos a obrigação de ajudar o governo de Luanda no tratamento de esgotos, limpeza pública de ruas e avenidas”, referiu. Para esse militante de Kilamba Kiwi, com estas medidas de saneamento básico, é possível garantir melhores condições de saúde para as pessoas, evitando a contaminação e proliferação de doenças. “Isso garante ao mesmo tempo a preservação do meio ambiente”, resumiu.
O militante Pedro de Almeida defende um plano sobre o sangramento básico, considerando que “é essencial para estabelecer a forma de actuação”.
“Com o crescimento acentuado da nossa cidade, torna-se cada vez mais importante e urgente a universalização do saneamento básico pelos benefícios que propiciam ao desenvolvimento social, cultural e económico”, disse. Por isso, acrescentou “as políticas de saneamento devem ser articuladas às outras políticas públicas, como: desenvolvimento urbano, habitacional, ambiental, combate a pobreza, saúde, dentre outras”.
Dados oficias que o NJ teve acesso, indicam que o comité provincial do MPLA controla 903 mil. E 860 militantes, dos quais 476 mil e 73 homens e 427 mil e 787 mulheres, para além de outros 331 mil e 552 filiados na Organização da Mulher Angolana (OMA) e 719 mil e 300 na JMPLA.
Estão enquadrados em 1.343 comités de acção do partido, sendo 168 com instalações próprias.
Serviços básicos
O problema do lixo em Luanda
Luanda hoje é uma cidade que rebenta pelas costuras. É por isso um excelente desafio a capacidade dos nossos arquitectos, engenheiros civis, urbanistas e outros que devem ser postos em campo para repensar a cidade. Sobre os problemas de Luanda estou convencido que todas as almas angolanas teriam alguma coisa a dizer, algum contributo a dar.
A responsabilidade maior, o gizador da estratégia terá de ser o executivo do novo governador provincial de Luanda, José Maria dos Santos, que recentemente adiantou uma despesa dos cofres de Estado no valor de 20 milhões de dólares pagos mensalmente às operadoras de lixo da capital do país, com o fito de fazerem a recolha dos resíduos, um quadro que deve ser invertido.
O dado é espantoso. E não é espantoso simplesmente pelo volume de dinheiro em questão. Mas o espantoso aqui, no país dos milhões como é o nosso, é que não há, não se sente nas ruas e em toda a parte, qualquer eficiência no sistema de recolha de resíduos e de saneamento da cidade de Luanda.
Passamos por várias experiências, já tivemos várias parcerias e até agora não conseguimos encontrar um método certo para a recolha e tratamento, melhor dizendo para lidar com este problema, numa cidade onde o crescimento populacional está incontrolado e é fomentado pelas muito faladas assimetrias regionais.
Mas esta questão do lixo é um problema sério. É também uma boa fonte de rendimentos para muitos empresários até mesmo em países do chamado primeiro mundo, sendo o caso mais sonante o da Itália onde o lixo gera crise e instabilidade política no pais. Felizmente não estamos neste estágio. Entre nós, as repercussões deste problema são principalmente sociais com o lixo e a falta de saneamento a serem dos principais empecilhos para a melhoria do sistema de saúde pública, sendo portanto causadores da maior parte das doenças que se registam entre nós, principalmente, da malária e consequentemente da taxa de mortalidade.
Postas as coisas nos termos em que o novo governador de Luanda o fez, parece-nos dar o que concentrou a questão ao negócio do lixo, virando-se contra os afortunados. Mas o problema de uma cidade como Luanda, não tanto pelo seu tamanho geográfico, mas principalmente pelo seu urbanismo (ou falta dele?), para além do tamanho da sua população, dizíamos, o lixo em Luanda é um problema de educação, de boa educação, de higiene, de consciencialização das pessoas sobre a forma como devem lidar com esta questão.
Não basta colocarmos ou retirarmos os contentares. Não basta que as empresas aumentem as suas frotas de “calabrese”.
Para além do trabalho pedagógico que os media devem ter nesta matéria, principalmente a imprensa pública, e aqui não defendo a mera difusão de anúncios publicitários, mas de conteúdos propositadamente elaborados, apelativos, nos programas e vários espaços disponíveis na media, usando tecnologia e muita imaginação para cativar as pessoas e levá-las a mudarem de atitude.
Outro factor de mudança, são as crianças. Este trabalho com elas deve ser feito a partir da escola. O sistema de ensino tem de estar em condições de potenciar os mais novos sobre a forma como devem lidar com o lixo, ou melhor, com a higiene pessoal e do meio. E não se faz este exercício com mera retórica, é no quotidiano, na vida da escola que se encontram estas práticas exemplares que depois serão adaptadas e reproduzidas pelos petizes.
Finalmente, e embora ainda não lhes soubemos dar o devido valor, está o trabalho que pode ser desenvolvido pelos assistentes sociais (do Estado ou das ONG).
Este é um trabalho mais direccionado para as comunidades concretas, com a população dos bairros, seja dos mais nobres como dos periféricos, para que as pessoas saibam como lidar com o lixo. E porque não pensarmos num método para punir as pessoas que prevaricam nesta matéria? É que em muitos Estados, principalmente nos do chamado primeiro mundo, colocar restos de comida no balde de lixo reciclável pode dar direito a uma multa severa. E porque não encontrar formas para que o cidadão comparticipe nestes 20 milhões de dólares ou quanto for necessário para mantermos a nossa Luanda bem cheirosa?
Ademais, o nosso empresariado tem de perceber que o negócio do lixo não se reduz ao trabalho de recolha. Há uma industria e negócios que se geram a volta do lixo do qual será necessário tirarmos melhores dividendos, para bem da nossa economia.
Vamos ver então como o pelouro de José Maria dos Santos lida com esta matéria uma vez que os seus antecessores falharam. Sem dúvidas, trata-se de um trabalho árduo, mas estamos crentes que os beneficias serão maiores.
Operadora é responsabilizada pelo acumular de lixo no bairro
A operadora “Kiaxi Waste”, que recolhe resíduos sólidos no município do Kilamba Kiaxi, está sem capacidade para retirar o lixo produzido na quadra natalícia, deu a conhecer ontem à Angop , um funcionário da administração municipal local.
Manuel Francisco, da Unidade Técnica Municipal, informou que a “Kiaxi Waste não consegue recolher o lixo e isso é notável porque vários bairros do município estão com grandes aglomerados de lixo há muito tempo.
Segundo Manuel Francisco, a ELISAL orienta que o lixo deve ser recolhido por tractores e outros veículos não pesados, “mas os meios que a operadora possui são escassos para este trabalho”, observou.
Uma ronda efectuada pela Angop constatou a existência de inúmeros focos de lixo nos principais locais de depósito de resíduos sólidos, degradando o meio ambiente e constituindo um perigo para a saúde pública.
campanha na Samba
As autoridades administrativas do município da Samba realizam uma campanha de limpeza no Bairro da Corimba, coordenada pelo administrador Pedro dos Reis Fançony.
A campanha visa proporcionar aos munícipes um ambiente salutar durante a quadra festiva e compreende a eliminação de charcos de água, recolha de lixo, tapa buracos e limpeza das ruas do bairro.
De acordo com o chefe municipal dos serviços comunitários, Dorlito Follongo, participam na campanha integrantes da Brigada Comunitária de Apoio aos Municípios (BRICO), criada pelo governo de Luanda e agentes comunitários da Samba.
Dorlito Follongo disse ter constatado a mesma rotina nas operadoras que trabalharam na recolha dos resíduos sólidos durante o Natal, que apesar do aumento de lixo, não alteraram o tempo de permanência dos contentores, nem o reforço do pessoal das empresas.
O responsável dos serviços comunitários da Samba assegurou que para a limpeza do Mussulo está destacada uma equipa da Elisal. As comunas da Corimba e Futungo são limpas pela operadora Vista, enquanto a Erisol cuida da parte do Futungo, Benfica e Ramiro.
Operadora é responsabilizada pelo acumular de lixo no bairro
A operadora “Kiaxi Waste”, que recolhe resíduos sólidos no município do Kilamba Kiaxi, está sem capacidade para retirar o lixo produzido na quadra natalícia, deu a conhecer ontem à Angop, um funcionário da administração municipal local.
Manuel Francisco, da Unidade Técnica Municipal, informou que a “Kiaxi Waste não consegue recolher o lixo e isso é notável porque vários bairros do município estão com grandes aglomerados de lixo há muito tempo.
Segundo Manuel Francisco, a ELISAL orienta que o lixo deve ser recolhido por tractores e outros veículos não pesados, “mas os meios que a operadora possui são escassos para este trabalho”, observou.
Uma ronda efectuada pela Angop constatou a existência de inúmeros focos de lixo nos principais locais de depósito de resíduos sólidos, degradando o meio ambiente e constituindo um perigo para a saúde pública.
campanha na Samba.
As autoridades administrativas do município da Samba realizam uma campanha de limpeza no bairro da Corimba, coordenada pelo administrador Pedro dos Reis Fançony.
A campanha visa proporcionar aos munícipes um ambiente salutar durante a quadra festiva e compreende a eliminação de charcos de água, recolha de lixo, tapa buracos e limpeza das ruas do bairro.
De acordo com o chefe municipal dos serviços comunitários, Dorlito Follongo, participam na campanha integrantes da Brigada Comunitária de Apoio aos Municípios (BRICO), criada pelo governo de Luanda e agentes comunitários da Samba.
Dorlito Follongo disse ter constatado a mesma rotina nas operadoras que trabalharam na recolha dos resíduos sólidos durante o Natal, que apesar do aumento de lixo, não alteraram o tempo de permanência dos contentores, nem o reforço do pessoal das empresas.
O responsável dos serviços comunitários da Samba assegurou que para a limpeza do Mussulo está destacada uma equipa da Elisal. As comunas da Corimba e Futungo são limpas pela operadora Vista, enquanto a Erisol cuida da parte do Futungo, Benfica e Ramiro.