Desde o final da guerra, o governo angolano manteve-se relativamente independente de influências externas. Ao contrário do que aconteceu após
conflitos noutros países da região, a reconstrução pós-guerra em Angola
não tem sido financiada pelo Ocidente, mas basicamente através de linhas
de crédito sustentadas pelo petróleo de países como a China. Um contexto
de insegurança global crescente no sector da energia reduziu ainda mais
a vantagem do Ocidente sobre a escolha e implementação de políticas de
desenvolvimento do governo angolano, uma vez que a consolidação da presença
de empresas (petrolíferas) ocidentais prevaleceu sobre a imposição de práticas
de boa governação e transparência.