O Francisco Ngongo. Doutorado em Estudos de Paz e Desenvolvimento, pela Universidade de Bradford, centrou a sua abordagem em torno da Exploração Mineira e Estratégias de Actuação, trazendo uma análise a volta aos resultados na pesquisa em que a sua organização tem estado a levar a cabo a nível dos países e regiões onde actuam, e para reflectir também nas questões como as políticas de implementação, as estratégias do governo para o sector mineiro, o código mineiro angolano, suas vantagens e desvantagens, o impacto da exploração mineira nas comunidades, principalmente os seus efeitos em questões ambientais. Que por sua vez, o longo de muitas décadas a extracção mineral (Pedreiras, lavras e mineradoras), têm se firmado como uma actividade que, além de gerar empregos e ser fonte extra de renda para pequenos proprietários rurais, sobretudo nas localidades onde não há desenvolvimento ou perspectivas de melhoria social, também é uma actividade que causa enormes impactos ambientais, muitos destes irreversíveis.
A exploração mineral em si, já é uma actividade não sustentável, ou seja, o que foi extraído nunca mais será reposto, e existem procedimentos que têm que ser utilizados para minimizar o impacto ambiental da actividade, como cobertura vegetal, preservação de cursos d’água e da paisagem cénica, manutenção da flora e da fauna da região, controle sobre poluição sonora e disposição de rejeitos, etc.
Os efeitos ambientais estão associados, de modo geral, às diversas fases de exploração dos bens minerais, como à abertura da cava, (retirada da vegetação, escavações, movimentação de terra e modificação da paisagem local), ao uso de explosivos no desmonte de rocha (sobrepressão atmosférica, vibração do terreno, ultra lançamento de fragmentos, fumos, gases, poeira, ruído), ao transporte e beneficiamento do minério (geração de poeira e ruído), afetando os meios como água, solo e ar, além da população local.
A imagem um tanto negativa desta actividade junto da sociedade em geral, sobretudo nas últimas décadas, deve-se sobretudo aos profundos impactos que ela pode ter no ambiente (sobretudo os negativos) e que têm sido a causa de numerosos acidentes ao longo dos tempos. Por último, não nos podemos esquecer que a capacidade desta actividade em fornecer à sociedade os materiais que esta necessita não é infinita, pois muitos dos recursos minerais explorados são, pelo contrário, bastante finitos.