No Passado dia 22 de Fevereiro realizou-se mais outro Debate à Sexta-Feira de 2013. A apresentação foi feita pelo consultor independente Fernando Pacheco, fundador da Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA) e agrónomo de profissão. O Debate teve como tema principal a “Análise do Orçamento Geral de Estado de 2013“ e durante a sessão o apresentador falou da problemática em geral do OGE – sem entrar numa discussão pormenorizada de todos os sectores.

Durante uma apresentação bastante instrutiva, o orador focou-se nos seguintes tópicos: questão do OGE como um instrumento que deve estar acessível à sociedade no seu todo e na participação
da sociedade civil na elaboração deste documento. Em moldes mais específicos abordou-se a questão da Educação, Saúde, das estruturas governativas e da política agrícola. 


Seguiu-se uma sessão de perguntas e respostas durante a qual a audiência procurou saber melhor a opinião do orador em áreas como: questão do mercado de emprego no futuro para os jovens licenciados, o papel da sociedade civil não tanto na fase de aprovação do OGE mas sim na fase de elaboração do mesmo, a percentagem do orçamento que vai para a defesa em comparação com a percentagem feita em investimento público.

A apresentação e debate por arquitecto Ilidio Daio com o tema “Urgência de implementação dos musseque do Cazenga, estratégia de urbanização dos musseques em Luanda, objetivos do projeto, propostas, a vivenda e processos de implementação”.

A apresentação foi feita por Paulo Moreira. Paulo é um estudante português a fazer Doutoramento em Londres no âmbito de Arquitectura e cujo projecto tem contado com ampla colaboração por parte da Universidade Agostinho Neto. O Debate teve como tema “ Observatório da Chicala Histórica e Cultura Urbana de um bairro de Luanda “ e durante a apresentação foram abordadas as transformações pós-coloniais que o bairro da Chicala sofreu a vários nivéis: construção, crescimento e evolução do bairro desde 1893 até 2013, contexto histórico do seu desenvolvimento, dinâmicas populacionais durante a guerra civil e no pós-guerra, a cultura própria do lugar, o diálogo entre as dinâmicas do bairro e o centro da cidade e o seu contributo para a economia local.

O orador também introduziu a questão do processo de realojamento, suas origens e suas nuances ao longo dos tempos. A sua apresentação focou-se na perspectiva dos moradores e de como eles têm vindo a lidar e a adapatar-se a este processo.

Após uma apresentação bastante informativa e muito imagética, seguiu-se uma sessão de perguntas e respostas onde foram debatidos tópicos como: qual o sentimento da população em relação ao processo de realojamento; como integrar um tecido social e arquitectónico não regular como o bairro da Chicala num espaço como o centro administrativo de Luanda onde está correntemente sediado; quanto investimento têm as pessoas feitos nestas áreas e será que esse investimento será recuperado após serem realojadas?; porque razão se continua a ver um investimento no bairro em serviços sociais básicos como água e electricidade por parte do governo se em breve este espaço desaparecerá?; quem realmente governa a Chicala?; porque há tanta gente que veio do Uíge e que se sediu naquela zona?

Website: www.chicala.org