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Jornal o PAIS

Governador de luanda exonera e nomeia quadros

A ministra da Administração Estatal de Moçambique, Carmelita Rita Na­mahulua, iniciou esta quinta-feira, uma visita de trabalho de três dias a Angola, no âmbito do reforço das re­lações existentes entre aquele órgão e o Ministério da Administração do Ter­ritório. No encontro mantido esta ma­nhã em Luanda, com o seu homólogo angolano, Bornito de Sousa, a gover­nante considerou que as relações entre Angola e Moçambique são boas e vão continuar a manter -se.

Falando aos jornalistas, sobre a ex­periência com autarquias, a dirigente reconheceu que neste aspecto o Estado moçambicano está mais avançado em relação a Angola, tendo instaladas já 43 autarquias em todo o pais, frisan­do que a transferência de experiências aos angolanos faz parte da cooperação institucional.

Carmelita Rita Namahulua explicou que a cooperação entre os dois países é sustentada através do intercâmbio em várias áreas, com realce para as da ad­ministração local, gestão e organizações territorial, formação de quadros e lide­ranças locais. “A troca de experiência entre Angola e Moçambique estende­-se também à área das telecomunica­ções, que para além do aprimoramen­to dos conhecimentos, tem facilitado a comunicação e a troca de informações rápida avançou depois.

O programa da visita indica que governante moçambicana vai inteirar ­se do funcionamento dos instituto Nacional das Telecomunicações e de Formação da Administração Local ambos com sede em Luanda.

A agenda da delegação moçambica­na incluiu uma deslocação a província do Namibe, Sul de Angola, onde vai manter um encontro com o governo local, além de visitas a administração do Tombwa e a áreas turísticas.

Prevê ainda, o programa, visitas administração municipal de Icolo e Bengo, na província do Bengo, bem como à ponte da Cabala e à fábrica de Cimento, na mesma região.

Educação empurra Angola para o 146º lugar do IDH

 

A 146ª posição ocupada por Angola no ranking do Relatório do Desen­volvimento Humano (IDH) referente ao ano de 2010, apresentado esta semana pela representação das Nações Unidas no país, está associada ao facto de o sector da educação ter estagnado entre os anos 2000 a 2010 na pontuação 4. 4, de acordo com documentos em posse deste jornal.

No ano passado, Angola esteve na posição 143 entre 182 países, sendo o valor absoluto do seu IDH, segundo a ministra do Planeamento Ana Dias Lourenço, superior ao registado pelo conjunto de países integrados na África subsariana.

A actual classificação ocorre independentemente dos progressos registados em cada um dos indica­dores que determinam o Índice de Desenvolvimento Humano, nomea­damente dos domínios da esperança de vida à nascença, anos de escolari­dade esperados, a média de escolari­dade e o rendimento nacional bruto.

O sector da educação é o mais preocupante porque a nova meto­dologia de avaliação não reflecte, segundo os membros do Governo angolano, a questão da alfabetização e a taxa bruta de matrícula, onde no que toca o ano médio de escolari­dade esperado coloca o país atrás de outros países.

A actual avaliação de anos de escolaridade esperados mantém An­gola com a pontuação 4. 4, o mesmo que há 10 anos, um retrocesso tendo em conta que na década de 80 o país atingiu 7.3. Desde esta altura, se­gundo os dados do relatório verificasse uma queda média de anos de escolaridade e desde 2000que o valor estagnou.

O mesmo acontece em relação ao indicador que mensura a média de anos de escolaridade que apresenta igual pontuação. Esta categoria afere o número médio de anos de educa­ção recebidos pelas pessoas a partir dos 2S anos durante o seu tempo de vida, tendo como base os níveis de educação alcançados pela popula­ção, convertidos ainda em anos de escolaridade baseados nas durações teóricas de cada nível de educação frequentado.

No domínio da esperança devida à nascença assistiu -se o maior pro­gresso, com um aumento de quase cinco anos, estando agora cifrada nos 48. 1 anos de idade.

A pontuação 0.403, atribuída, coloca o país no último dos quatro grupos existentes, onde perfilham os países com o desenvolvimento humano baixo.

Nenhum país africano integra o conjunto de países com IDH muito elevado, que é liderado pela Norue­ga. Apenas as Maurícias, Tunísia e Argélia fazem parte do grupo com IDH elevado e outros 33 estados encontram -se no mesmo aglomera­do de Angola: grupo de desenvolvi­mento humano baixo.

Durante a apresentação do documento o economista do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas, Josué de Almeida, especifi­cou que não se pode estabelecer uma comparação com a actual posição no relatório de 2010 e as anteriores.

A actual posição é fruto de alguns ajustamentos nos indicadores e na metodologia utilizada para se calcu­lar o Índice de Desenvolvimento Humano. Anteriormente a metodologia tinha como base a média aritmética, mas adoptou -se recentemente a ge­ométrica, uma mudança no cálculo do IDH que alguns acreditam que venha a reforçar a integridade das estatísticas.

Rendimento Bruto aumenta

O rendimento nacional bruto é de 4.941 Pib per capita de dólares, verificando-se um aumento de quase 118 por cento durante o período em referência.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento destaca positivamente o resultados dos indi­cadores de esperança de vida à nas­cença na sua dimensão saúde, que registou nas últimas duas décadas um aumento de cinco anos de vida, enquanto que o rendimento nacional bruto per -capita também registou passos muito significativos.

Josué de Almeida salientou que, pelos progressos alcançados compa­rados em relação a média de países que Angola integra no momento, a classificação do país é positiva.

O mesmo pensamento positivo enquadra -se em relação aos países da África subsariana.

Em relação aos países subsarianos, o Índice de Desenvolvimento Humano de Angola está acima da média de O.389 referente aos países da África subsariana e igualmente os 0.393 dos países classificados como de desen­volvimento humano baixo.

Angola está entre dois países do continente, nomeadamente o Sene­gal e a Zâmbia, que estão em 144º e l50º respectivamente, que também estão próximos em termos de classi­ficação e tamanho da população.

Em relação aos 12 países que inte­gram a Comunidade de Desenvolvi­mento da África Austral, os angola­nos ocupam a 7ª posição. Acredita-se que isto acontece porque não se teve em consideração o resultado do Inquérito para Bem – estar das Populações (IBEP), onde se acredita existirem passos rumos a concretiza­ção dos objectivos do milénio.

Os relatórios de Desenvolvimento Humano são publicados pelo PNUD desde 1990 como análises intelec­tuais independentes e fundamen­tadas das questões, tendências dos progressos e das políticas de desen­volvimento.

Angola está acima da média subsariana

A ministra do Planeamento, Ana Dias Lourenço, acredita que a actual posição de Angola, que passou dos

0,564 Para 0,403, está associada aos ajustamentos metodológicos e de cor­recção dos dados efectuados no Índice de Desenvolvimento Humano.

De acordo com a ministra, que proferiu o discurso de encerramento da sessão de apresentação do actual relatório, apesar destas alterações, Angola encontra -se ainda acima da média africana subsariana: na sétima posição ao nível da região austral.

A governante tem fé que os próxi­mos relatórios de Desenvolvimento Humano reflectirão os resultados do Inquérito sobre o Bem-Estar da Po­pulação, realizado entre os anos 2008 e 2009, onde aparecem informações que atestam para urna recuperação nos indicadores chaves do progresso social no país.

Sobre os relatórios do Índice de Desenvolvimento Humano, cuja publicação acontece há 20 anos, a ministra considera que é um indica­dor que revolucionou o modo como os analistas, estudiosos, ‘decisión maker’ e políticos encaravam a análise do desenvolvimento económico e do progresso social.

“O Índice de Desenvolvimento Humano, publicado anualmente é urna base insubstituível de trabalho analítico para a compreensão das transformações estruturais dos tecidos sociais dos países”, classificou Ana Dias Lourenço.

Angola está entre dois países do continente, nomeadamente o Sen­egal e a Zâmbia, que estão em 1440 e 1500 respectivamente, que também estão próxi­mos em termos de classificação e taman­ho da população.

“0 Índice de Desen­volvimento Humano, publicado anualmente é uma base insub­stituível de trabalho analítico para a com­preensão das trans­formações estruturais dos tecidos sociais dos países” 

 

Mudança de indicadores penalizou Angola

 

A mudança dos indicadores do IDH introduzida no presente relatório acarreta uma certa penalização para o país, tendo em conta que a pirâmi­de educacional de Angola encontra-se concentrada em grande parte na base, onde as taxas escolarização são mais baixas ao nível do ensino se­cundário e superior, de acordo com o ministro da Educação, Mpinda Si­mão, quando reagia ao documento publicado esta semana.

O ministro realçou que o actual modelo de classificação tem efeito sobre a média ao nível nacional de todo o sistema educativo, caso consi­dere-se o ensino primário, secundá­rio e superior.

Mpinda Simão criticou ainda o fac­to de os dados utilizados pelo Progra­ma das Nações Unidas para o Desen­volvimento serem referentes ao ano 2008, facto que contrasta com os do recente Inquérito sobre o Bem-Estar da População, realizado pelo Instituto Nacional de Estatísticas do Ministério do Plano, que são mais favoráveis.

O ministro da Educação chama atenção para o facto de que os dados apreciados sobre Angola e que versam sobre o ano de 2008 contrastam com o relatório do Instituto Nacional de Estatística sobre o índice de po­breza cujos dados são mais favorá­veis.

Por outro lado, o governante re­conhece o ensino secundário e su­perior não tiveram o mesmo desen­volvimento que o ensino primário e defende que todos os que ingressa­ram no sistema de ensino do Estado possam terminar com uma media de escolaridade acima dos 4. 4, que se verifica actualmente.

Segundo Mpinda Simão, a publi­cação dos resultados do Índice de Desenvolvimento Humano serve de alerta para que o Estado melhore o rendimento do sistema educativo e invista para que os outros níveis do ensino tenham níveis de absorção sa­tisfatórios.

Angola encontra-se concentrada em grande parte na base, onde as taxas escolarização são mais baixas ao nível do ensino secundário.

Mpinda Simão criti­cou ainda o facto de os dados utilizados pelo Programa das Nações Unidas para o Desen­volvin1entoserem referentes ao ano 2008, facto que contras

 

Taxas municipais pagas no Banco

A partir da próxima semana serão insta­1adas nas administra­ções municipais, ao nível da província de Luanda, sucursais dos bancos BPC e BCI, para operacionalizam todos os movimentos de arrecadação de rec­eitas, no âmbito das novas regras e execução do Orçamento Geral Estado soube O PAÍS de fonte do Governo Provincial de Luanda.

A medida, de acordo com a nossa fonte, surge no âmbito da corr­ecção das assimetrias na gestão financeira da província de Luanda, para se ter uma avaliação correcta da situação relacionada com arrecadação de receitas para a Conta Única do Tesouro existente o Banco Nacional de Angola. Antes da assinatura do termo de compromisso referente à canalização de receitas para a Conta Única o Tesouro, um acto que decorreu a segunda-feira, 14, as administ­rações municipais, de acordo com a fonte de O PAÍS, “retinham na fonte uma parte do dinheiro e dec­laravam o que bem entendiam”.

A instalação dos bancos comerciais junto das administrações municipais, sublinhou a nossa fonte, será acompanhada da criação da Comissão Provincial de Avaliação da Receita Local e Comunit­ária, que deverá fazer uma avaliaç­ão dos níveis de arrecadação, com presença de responsáveis dos Bairros Fiscais, das administrações das direcções provinciais, sob sup­ervisão do vice-governador para área Económica e Financeira. Assim sendo, nos primeiros trinta dias da implementação dessa medida serão apresentados

Os resultados da operação, porque o Executivo angolano quer que os contribuintes ganhem confiança no processo.

No dizer da nossa fonte, o que se retende a prior é que a população tenha consciência que o dinheiro que depositar para pagamento de determinado serviço, não será ara o administrador, nem para os seus agentes, mas sim para os cofres do Estado.

“É preciso que o contribuinte ganhe confiança que a receita comunitária, das transgressões administrativas, dos actos admin­istrativos, da emissão de cartões, pagamento de licença de terreno, penalizações, entre outras, que ao pagar sinta-se orgulhoso que está pagar para o Estado e não está  pagar para o administrador ou para o funcionário da administra­ção, em forma de cambalacho” , tranquilizou a propósito a fonte de O PAIS.

Ao instalar sucursais de bancos comerciais junto nas administrações municipais, o Executivo pretende fazer com que os valores arrecada­dos sejam apresentados de forma real, tal e qual foram depositados.

No passado, disse, “ninguém sabia o que se arrecadava e cada um declarava o que lhe convinha”, Sem perder a linha de pensa­mento a fonte do GPL que vimos citando, foi mais longe ao adiantar que “ninguém sabia o verdadeiro valor arrecadado, estávamos todos na dúvida, o próprio Estado estava na dúvida, porque não era declarado na realidade”.

“Eles declaravam no documento o valor que bem entendiam, sem que se pudesse contrapor. Agora, os tempos são outros e a realidade também”, rematou.

Deste modo, foram encerradas todas as contas bancárias dispersas pelo respectivo governo, direcções provinciais e administrações muni­cipais, alimentadas por várias recei­tas, que a partir de agora passam a ser canalizadas para a Conta Única do Tesouro Nacional, controlada pelo Ministério das Finanças.Prémio para a administração que mais depositar no tesouro O município da província de

Luanda que depositar mais receitas locais e comunitárias para os cofres do Estado (Conta Única do Tesouro) receberá, em compensação, mais dinheiro para seu orçamento, com vista a executar os seus projectos.

O anúncio feito aos 16 de Junho de 2010, pelo ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Carlos Feijó, durante a apresentação do Programa de Ges­tão Integrada dos Projectos e Obras da Província de Luanda, em Viana, ganhou agora suporte jurídico ­legal, com a assinatura do termo de compromisso referente à canaliza­ção de receitas para a Conta Única do Tesouro Nacional.

De acordo com a nossa fonte, a administração municipal deverá receber o montante consignado no Orçamento Geral do Estado apro­vado. E para a instituição beneficiar dele, terá que, necessariamente, facturar com base na arrecadação.

“Se o programa de facturação ao nível do município falhar, a admi­nistração poderá ficar sem dinheiro para as suas despesas correntes”, disse.

Para o feito, as administrações municipais foram autorizadas, à luz do termo de compromisso assinado na segunda-feira, 14, a cobrar taxas em lugares onde se tira vantagem económica, como por exemplo, praças, mercados, feiras, publicida­de na via e outros.

Estas deverão, de igual forma, licenciar e fiscalizar os recintos de espectáculos e outros, devendo as instituições afins ministrarem cursos de formação aos gestores municipais.

Essa medida visa estimular e inci­tar a concorrência interna quanto a melhoria e qualidade das receitas e dos níveis de arrecadação de recei­tas locais e comunitárias.

Para o efeito, deverá manter enquadramento das rotinas de execução orçamental nas ad­ministrações municipais, com o permanente acompanhamento dos técnicos do Ministério das Finan­ças e da Delegação Provincial das Finanças.

Descentralização financeira

O processo em curso vai, de acordo com a fonte de O PAÍS, culminar com a descentralização financeira das administrações municipais do ponto de vista estrutural.

Se no passado as administrações municipais eram órgãos dependen­tes de uma unidade orçamental, neste caso os Governo Provincial de Luanda, agora elas conquistaram a categoria de unidades orçamentais.

Dito de outra maneira, pressupõe que as administrações municipais obtiveram uma autonomia finan­ceira na componente de despesas e igual a de um ministério, um instituto público, com carácter de unidade orçamentais.

O novo decreto presidencial, exarado a propósito, clarifica o procedimento, sendo que as receitas depois de depositadas na Conta.

O compromisso

O termo de compromisso rubricado na segunda-feira, 14, representa uma nova era no regime financeiro da província de Luanda, visando uma maior transparência na gestão do erário público.

A ideia defendida para a imple­mentação do Decreto Presidencial sobre as novas regras de execução do Orçamento Geral do Estado, tem como destaque o facto de ela encerrar em si o elevar das receitas fiscais que certamente vão contribuir para a elevação dos recursos ordinários do tesouro, a principal fonte de financia­mento do OGE.

Ao implementar esta medida, o Governo Provincial de Luanda e as suas administrações municipais de­monstram o seu empenho no cum­primento das orientações superior­mente emanadas pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos.

O termo de compromisso foi assinado pelos administradores dos nove municípios de Luanda, teste­munhados pelos vice-governadores, directores e delegados provinciais e homologados pelo governador José Maria dos Santos.

Governador e administradores falam em melhoria da imagem

“Devemos criar mecanismos para ordenar o sistema de arrecadação e procurar responsabilizar o nosso exercício para fazer uma governação transparente em benefício da boa gestão do erário e, sobretudo, da ima­gem do governo provincial”, disse o governador José Maria dos Santos.

Para José Maria dos Santos o acto representa o assumir da grande res­ponsabilidade de que os recursos ar­recadados no exercício de uma função pública devem ser todos canalizados para o Tesouro, como fiel depositário de todas as receitas públicas.

Segundo o governador de Luanda, outros passos vão ser dados neste sentido a nível das direcções provin­ciais que têm arrecadado receitas pú­blicas no exercício das suas funções.

Além de chamar a atenção dos administradores para o redobrar dos mecanismos de arrecadação das receitas provenientes dos mercados, José Maria dos Santos realçou que, neste domínio, o compromisso está virado para o bem e para o mal.

O administrador da Samba, Pedra Fançony, disse que o passo dado visa controlar, racionalizar e direccionar melhor os recursos financeiros e adiantou que na Samba o processo de encerramento das contas dispersas em bancos comerciais está em fase de conclusão.

A administradora municipal da In­gombota, Susana de Melo, considera que “este compromisso vai mudar a imagem dos administradores muni­cipais para melhor” 

Segundo Suzana de Melo, havia a impressão que “nós ficávamos com o dinheiro, assim sendo, esta polémica deixará de existir” sublinhou.

O encerramento imediato de todas as contas bancárias das administra­ções municipais e o seu depósito para a Conta Única de Tesouro Nacional, vai permitir melhor controlo e gestão das receitas arrecadadas, disse a administradora da Ingombota, que adiantou que este mecanismo do Governo Provincial de Luanda de centralização das receitas, reduzirá a possibilidade de possíveis desvios do dinheiro.

Receios persistem

O sistema montado para a canalização de receitas para a Conta Única do Tesouro e a modalidade de atribuição do OGE para as administrações municipais, bem como para o Governo da Província, está a causar receios em alguns círculos em Luanda,  a fonte do PAIS mostrou -se receosa, a julgar pelo facto de o Ministério das Finan­ças levar uma eternidade a canalizar as verbas que quer as administrações municipais, quer o próprio GPL têm direito a nível do Orçamento Geral do Estado. O nosso interlocutor citou como exemplo o caso da antiga governadora de Luanda, Francisca do Espírito Santo que tomou posse em Outubro de 2008,  mas que teria re­cebido a primeira dotação financeira em Setembro de 2009, quase um ano depois de assumir as funções.

Naquela altura, o GPL vivia um clima de tensão, porque não havia salários, nem dinheiros para qualquer tipo de despesa para a melhoria da imagem da capital e a governadora, com a “batata quente nas mãos”, não teve outra alternativa senão recorrer ao dinheiro das arrecadações.

Mesmo sem receber as competen­tes dotações financeiras, a fonte de O PAÍS disse que as autoridades da província foram recebendo instruções para cobrir determinadas situações, como operações tapa buracos, colo­cação de passeios e lancis, tratamento de jardins, entre outras.

Em 2009, a então governadora recebeu orientações para ornamentar a cidade de Luanda, na perspectiva de receber a visita do Papa Bento XVI, mas, no entanto, não beneficiou de “um tostão furado” para o feito, tendo ela, alegadamente, recorrido ao dinheiro das arrecadações.

Com o dinheiro proveniente das arrecadações, que em princípio deve­ria ser canalizado para a Conta Única do Tesouro, Francisca do Santo teria pago a pintura dos edifí­cios nos bairros do São Paulo, Sagrada Família, melhoramento da circulação rodoviária, poda de árvores, coloca­ção de novos passeios e lancis, entre outras tarefas que haviam mudado para melhor a imagem da cidade.

No entanto, disse a nossa fonte, a então governadora recebeu “vários ralhetes” por se ter socorrido daquela verba, sem a devida autorização, ape­sar de ter apresentado os respectivos justificativos.

Dinheiro, o segredo de sempre

Até hoje, nenhum administrador municipal em Luanda disse publi­camente o real valor das receitas arrecadadas na sua área de jurisdição, apesar de em todas elas haver merca­dos de grande dimensão, pracinhas, armazéns em grande escala, roloutes em todas as esquinas.

Ao nível das municipalidades existem ainda, lanchonetes, discote­cas, restaurantes, oficinas, salões de beleza, publicidade em outdoors, em paredes, enfim muitas actividades que em princípio deveriam contribuir para a arrecadação de receitas, mas que não se sabe se contribuem ou não. O dinheiro produzido no extinto mercado do Roque Santeiro (falavas se em mais de USD 2 milhões por dia) já foi tema de várias conversas, mas, paradoxalmente, nenhum admi­nistrador do Sambizanga aceitou revelar o verdadeiro valor arrecadado naquele que foi considerado o maior mercado de África a céu aberto. Em Todos os mercados de Luanda, os vendedores pagam diariamente uma taxa aos fiscais das respectivas administrações municipais, estes aplicam multas de transgressões administrativas, entre outras penalidades, mas o dinheiro arrecadado nem sempre era do conhecimento público.

Francisca do Espírito Santo, em várias ocasiões fez questão de pronunciar-se publicamente sobre o assunto, alegando desconhecer o paradeiro dos montantes arrecadados pelas administrações municipais e delegações provinciais sob dependência do GPL.

Credito para comercializar produtos do campo

Para diminuir as importações e incentivar a produção nacional, haverá crédito para a comercialização dos produtos do campo. E da venda do petróleo será criado um fundo para apoiar os sectores da energia e água.

Crédito para a comercia­lização dos produtos do campo. Esta é uma das notas mais importantes saídas da reunião do Sector Produtivo presidida ontem, quinta-feira, pelo Presidente José Eduardo dos Santos. Uma boa notícia para os agricultores e camponeses que se debatem Com dificuldades no escoamento dos seus produtos.

Na agenda estavam o relatório das acções referentes ao ano de 2010 e o cronograma das actividades para 2011.

O sector da Agricultura, Desen­volvimento Rural e Pescas mere­ceu particular atenção, tendo sido abordadas as perspectivas para a sua revitalização.

Deu-se especial ênfase à neces­sidade da conclusão dos projectos já iniciados e à criação, para além do crédito agrícola, de uma linha de crédito só para a comercialização dos produtos do campo.

A instalação de um sistema integrado de monitoração, controlo e vigilância das águas territoriais, a construção e recuperação de embarcações costeiras e oceânicas, a criação de um porto pesqueiro e de uma lota, o apetrechamento de laboratórios em várias províncias, a formação técnica e profissional e o apoio à pesca artesanal e à produção de sal foram outras das medidas anunciadas num documento torna­do público ainda na quinta – feira.

O relatório sobre 2010 descreve o que foi feito por cada um dos Departamentos ministeriais ao longo do ano e, segundo uma nota que foi tornada pública, concluiu -se que “estas seguiram bom curso, apesar de em alguns casos serem identificado delongas e constrangimentos próprios e específicos.

Indústria com novidades

A Sonangol propõe-se construir um grande estaleiro naval em Porto Am­boim, para reparação de navios de apoio à indústria petrolífera. Já sobre a Zona Económica Especial, onde 25 unidades industriais se encontram prontas a entrar em funcionamento, a actual previsão é que a ZEE venha a gerar no futuro 14.000 empregos directos.

Na referida reunião foram analisa­das as modalidades de conclusão do projecto hidro – térmico de geração de 738,5 MW de energia biomassa no Planalto Central (450 de mini hídricas e 288,5 de biomassa) e a construção das linhas de transmis­são das barragens das Mabubas e do Lumaum, que se encontram em fase final de reabilitação.

Participaram na reunião, para além do Presidente da República, os Ministros de Estado e Chefes da Casa Civil e Militar do PR os ministros das Finanças, Transportes, Urbanis­mo e Construção, Energia e Águas, Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, Comércio, Telecomunica­ções e Tecnologias da Informação; os vice-ministros dos Petróleos Indústria e ainda o PCA da Sonangol e o Governador do Banco Nacional de Angola.

Energia e águas com fundos do petróleo

Entretanto, na reunião do Conselho de Ministros de quarta-feira, 23, foi apreciado um projecto de Decreto Legislativo Presidencial que cria o Fundo Petrolífero para o Desenvolvi­mento dos sectores da Energia e das Águas, um fundo de investimento público com personalidade jurídica, património e activos próprios, e com autonomia administrativa e financei­ra, que terá capacidade operacional ‘ para investir e promover o desenvolvi­mento de infra-estruturas nos sectores da energia e das águas em todo o País.

Este fundo será financiado com recur­sos provenientes da venda de petróleo.

O Conselho de Ministros aprovou igualmente um Decreto Presidencial ­que reajusta o Estatuto Orgânico do Governo Provincial de Luanda (GPL), e outro ainda que delimita e converte em área urbana uma parte do actual Perímetro Agrícola do Kikuxi, no Município de Viana.

Um outro assunto, a proposta de Lei que será remetida à consideração da Assembleia Nacional, visa a criação do município de Belas, com sede na cidade do Kilamba. Já Cabo Ledo, no Bengo, Calandula, em Malanje e Oka­vango, no Kuando – Kubango, serão convertidos em pólos de desenvolvi­mento turístico.

Sobre a reabilitação de infra-estruturas, foi aprovado um acordo de financiamento para a reparação e construção de pontes no eixo rodoviário Tômbwa/Narnibe/Ben­tiaba/Lucira/Dombe-Grande, e os contratos para a construção da linha de transporte de energia eléctrica da Gabela a Quileva, no Kuanza -Sul e a reparação da Barragem do Gove, no Huambo.

O sector da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas mere­ceu particular atenção, tendo sido abordadas as perspectivas para a sua revitalização.

 

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