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Mercado informal

Mais de 50 Cidadãos Detidos por venda ilegal de livros

51 Cidadãos angolanos, em todo o país, por te­rem sido apanhados em flagrante a comercializarem os manuais da iniciação à sexta classe encomendados pelo Ministério da Educação para serem distribuídos gratuitamente. Esta informação foi avançada nesta quarta – feira, 2, a O PAÍS pelo director Nacional de Fis­calização da corporação, Cristiano Francisco.

Para além da detenção destes indivíduos a operação que está a ser re­alizada desde o dia 18 de Janeiro, per­mitiu ainda que fossem recuperados 5.422 materiais escolares e entregues aos órgãos de direito.    

Apesar de não precisar a quantida­de de livros que foram recuperadas em cada uma das províncias, Cristiano Francisco declarou que foi na cidade de Luanda onde recuperaram a maior quantidade.    

Quanto ao nome da empresa ou das pessoas que injectaram os materiais didácticos nos mercados e à zungeiras, o responsável pelo departamento de fiscalização da Polícia Económica de­clarou que até na tarde de quarta-feira ainda não tinha sido possível apurar esta informação estava a decorrer as investigações, mas mostrou-se bas­tante confiante que este “mistério” será desvendado.   

Na esperança de conseguir reaver os materiais didácticos e injecta-los novamente no sistema de ensino sem causar muitos transtornos, a Polícia Económica está a trabalhar em cola­boração com a Comissão Nacional de Distribuição de livros e as delegações provinciais da Educação. Compete a essas instituições fornecerem os materiais às administrações municipais que por sua vez distribuem aos esta­belecimentos de ensino.  

Segundo informações obtidas pelo nosso jornal, uma parte dos trinta e cinco milhões de manuais escolares encomendados pelo Governo foram surripiados e injectada no mercado informal e nas ruas de forma fraudu­lenta. Para esse material didáctico, o Estado investiu cerca de 40 milhões de dólares.

Atendendo ao facto de existir um número considerável de manuais que não regressam às prateleiras das escolas no final do ano lectivo, o Mi­nistério da Educação optou por guar­dar outros 15 milhões de stock.  

Para evitar que o material escolar não fosse entregue a todas as provín­cias antes do início do ano lectivo, o Governo estabeleceu um contrato com as distribuidoras Labuta, Mialosa e a Antitrade Luanda, num caso aparte.  

Em Luanda, os preços destes materiais variam em função das classes, de co­merciante a comerciante e dos locais onde eles se encontram. No Talentosa, nas imediações do Mundo Verde, o conjunto de livros da primeira classe estava a ser comercializado na terça-feira, 1, a três mil Kwanzas. 

O zungueiro que se encontrava nas imediações da empresa Good Year, exibia -os aos automobilistas que por ali circulavam de forma destemida e como se estivesse a expor um produto permitido por lei. 

Na avenida Canego Manuel das Ne­ves, em São Paulo, a equipa de repor­tagem de O PAÍS deparou-se com a encarregada de educação Carla Isabel Calombe a comprar os materiais da segunda classe das mãos de uma zun­gueira.  

Aflita com a presença dos oficiais da Polícia Nacional que patrulhavam o local, a comerciante solicitou à se­nhora Carla Calombe que efectuasse o pagamento antes de conceder a en­trevista a este jornal. “Senhora, a situação aqui não está boa, convém pagar já para que eu possa dar-te o troco antes que os Polícias apareçam”, declarou a comerciante, que foi obrigada a meter-se em fuga, depois de dar o troco, devido à pre­sença dos agentes da Ordem Pública.

 À semelhança dos demais locais, as vendedeiras de rua que exercem esta actividade em São Paulo também têm a sua própria tabela de preços. Os cinco livros da segunda classe estão a ser comercializados a dois mil e 500 Kwanzas, mas a senhora Carla Ca­lombe pagou apenas dois mil Kwan­zas porque comprou uma embalagem de caderno, a 800 kwanzas, nas mãos da mesma pessoa.

A nossa interlocutora justificou a sua acção alegando que, apesar de o Governo ter se comprometido a en­tregar gratuitamente os manuais eles alunos e chegam as mãos dos estu­dantes tardiamente. Este atraso é des­crito por ela como sendo motivo de grande estrangulamento, visto que os professores exigem com os alunos te­nham o material de apoio logo no iní­cio do Ano lectivo. Caso contrário, há docentes que não pensam duas vezes em mandá – los regressarem à casa, até que os seus encarregados de educação adquiram o material.

Embora o seu filho esteja a estudar numa escola comparticipada, Carla Calombe, declarou que teve que optar pela mesma medida o ano passado, para evitar que ele passasse pelo constrangimento de ser expulso da sala de aulas.

“Atendendo à polí­tica do Governo de <distribuição gratuita dos livros, sou de opinião que a empresa res­ponsável pela feitu­ra do material faça a sua entrega an­tes do começo das aulas, para_ que sejam distribuídos nos primei­ros dias de aulas”, expli­cou Carla Calom­be, acrescentando de seguida que “deste modo, se evitaria que fos­semos obrigados a meter-nos no meio desta confu­são à procura dos li­vros que são dos nossos filhos por direito”.  

No seu entender, se os livros estão nas ruas de Luanda é um sinal de que os comer­ciantes são fornecido por alguém e o Governo deve procurar acabar com está prática.

O desvio dos materiais escolares é um problema que já vem acontecen­do desde o ano passado. Na altura, em que a Empresa de Distribuição de Material Escolar (Edimel) era dirigida por João Constantino que apresentou a sua carta de demis­são por motivos até agora desco­nhecidos.

João Constantino afirmou, du­rante uma visita realizada pelos deputados da 6ª comissão da Assembleia Nacional à Edimel, que a retirada do material das ruas deve 1 ser feita por via administrativa e também coerciva.

Relativamente aos livros do 1 º e ‘2º ciclo do nível secundário, igualmente em abundância nas ruas, João Constantino que os mesmos são provenientes das mesmas empresas privadas que fornecem a sua instituição, que os podem comercializar livremente, mas não aos revendedores de rua.

As zungueiras recusaram -se a pres­tar declarações a este Jornal com medo de sofrer represálias por estarem a vender um pro­duto ilícito.

 

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