A situação geral do mercado de emprego em Angola está caracterizada por altas taxas de desemprego, incluindo uma alta taxa de desempregados que não estão a procura de emprego, alta incidência da informalidade no trabalho, e forte subemprego nas zonas rurais do País, onde geralmente para os mais pobres o
desemprego não é uma opção. Embora o motivo principal destes défices no mercado de trabalho seja a escassa oferta de emprego nos sectores mais formais e de maior remuneração, existe também um déficit importante de qualificação da mão-de-obra, devido às baixas taxas de escolarização atendendo ao PIB per capita do País. A pesquisa qualitativa salientou o persistente déficit de pessoal qualificado nos sectores da construção e industrial apesar do crescimento destes sectores nos últimos 15 anos. Todavia, graças ao emprego gerado nestes sectores existe hoje uma base de mão-de-obra mais bem preparada, porém insuficiente, especialmente em áreas mais específicas como electricistas, soldadores, carpinteiros, operadores de maquinaria pesada, etc. O sistema de ensino vocacional não tem gerado candidatos suficientes e com as competências relevantes. Portanto as empresas destes sectores ainda representam fontes muito importantes de mecanismos formais e informais de aquisição de competências e habilidades especificamente relevantes para as obras públicas e as fábricas de materiais de construção.