O artigo, ao abordar o debate acerca dos refugiados e das migrações, demonstra os deslocamentos populacionais presentes em Angola. Lançamos o nosso olhar para Luanda, considerada a capital mais cara do mundo, tendo sido projetada pelos con- quistadores portugueses para ser uma cidade de veraneio e ter no máximo 500 mil habitantes, entretanto, atualmente possui mais de seis milhões de pessoas. A maioria é de migrantes internos, oriundos das áreas rurais, refugiados das guerras de independência e civil, falantes de seis grandes línguas nativas e mais de trinta variantes linguísticas originárias do território nacional. Nesse sentido, a língua portuguesa torna-se também um desafio e uma conquista para os refugiados que não a dominam e necessitam dela em Luanda. Essa capital que, ainda, tem recebido estrangeiros africanos de línguas francesa e inglesa, tais como os namibianos, congoleses, zambianos, senegaleses e de outras regiões do mundo, especialmente brasileiros, portugueses, cubanos e chineses.