O debate abordou a situação do mercado habitacional de arrendamento em Angola, destacando os desafios enfrentados pela população, como a alta porcentagem de angolanos vivendo em condições inadequadas e a dificuldade de acesso à casa própria, especialmente para os jovens. O doutor Augusto Fernando apresentou dados que mostram que 44% da população vive em condições precárias e que a maioria prioriza a alimentação em detrimento da habitação, devido a rendimentos baixos. O mercado de arrendamento informal foi identificado como uma alternativa para os jovens, que enfrentam dificuldades financeiras.
Durante o debate, foi discutido que a maior parte da população angolana reside em áreas rurais, onde a maioria possui casa própria, enquanto nas áreas urbanas a informalidade no arrendamento é alta. A falta de regulamentação e a preferência dos investidores por títulos do tesouro em vez de imóveis foram mencionadas como barreiras ao desenvolvimento do mercado de arrendamento. A necessidade de implementar regulamentos que limitem os valores de aluguel e atendam famílias de baixa renda foi enfatizada, embora houvesse preocupações sobre o impacto disso na atratividade do mercado para investidores.