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«jm », o pirata que tomou conta do mercado musical em Angola

Um pirata bem equipado (e bem camuflado) vem inundando o merca­do da música nacional com cópias de CD’s quase tão fiéis aos originais que são capazes de enganar até os que, a priori, são chamados a ser mais atentos. «JM» é o seu nome de código. Ele (ou ela) é actualmente o(a) senhor(a) absoluto(a) do comércio de CD’s em Angola.
 
Há mais de um ano que não é difícil encontrar os «seus» discos sendo comercializados pelas ruas e esquinas de Luanda, principal­mente na região da Baixa, sem nenhuma repreensão ou restrição. Os «zungueiros» encarregados de levar o produto aos consumidores são apenas o extremo de um ne­gócio que só conhece dividendos.
 
Com as iniciais «JM» timbradas na lombada dos CD’s e, às vezes, também na contracapa (num lo­gótipo em cores vermelha e ama­rela), talvez a maior parte das pes­soas que já pagou por estes discos não tenha prestado muita atenção a esse detalhe, mas, a bem da ver­dade, levou para casa gato em vez lebre.
 
Como em qualquer produto pirateado, o que chama a atenção é mesmo o preço. A maioria dos vendedores pratica entre 500 a 700 kwanzas por disco, levando o con­sumidor ao gasto imediato e/ou a desconfiar da oferta «irresistível». Aqui se afiguram duas opções a considerar: se não for um produto roubado, de facto trata-se de um CD pirata.
 
Porém, em muitas «bandas», mormente nas da Baixa, as cópias não autorizadas chegam a custar o mesmo preço cobrado pelos pon­tos oficiais de venda. Nesses casos, quem tem feito a poupança, além do (s) patrono (s) do negócio, são os rapazes «zungueiros».
 
Até o surgimento do «JM», a Pirataria no music hall nacional imitava-se a uma produção artesanal, feita em qualquer computador doméstico, sem nenhum: esmero na qualidade e com uma apresentação gráfica igualmente longe de uma virtude profissional. Abundavam as colectâneas dos mais diversos estilos e artistas para cativar o comprador, que é aquele cliente carente do dinheiro necessário para compor a sua dis­coteca com os CD’s originais dos cantores pretendidos.
 
Essa pratica pirata artesanal continua, mas não é, por isso, me­nos rentável, menos batoteira ou menos criminosa que a pirataria da «JM Music». A pilhagem que esta parte caseira da falsificação representa não contribui para o bolso dos artistas, concorrendo, aliás, para o seu empobrecimento, sempre a favor dos corsários que «assaltam» o mercado musical e seguem, aparentemente, sem ser incomodados.
 
O «JM» distingue-se entre os piratas por ter resolvido investir ambiciosamente na sofisticação da bato ta, aproveitando todas as bre­chas que a ocasião lhe «oferece», traduzidas nas fragilidades das instituições afins, quer públicas como privadas, para explorar ao máximo o esforço artístico alheio. O pirata nunca copia produtos que não vendem.
 
A actuação promovida por esse «rei da pirataria» veio aumentar a sabotagem que já não era pe­quena sobre o trabalho de muita gente que tem custos financeiros e intelectuais onerosos. Por isso, a rentabilidade da música angolana não se faz sentir, no ponto de vista compartilhado entre os interlocu­tores do SA, que falaram a respeito do assunto.
 
Levando em conta os rendi­mentos arrecadados pela reprodu­ção indevida, enquanto o artista é relegado à pedinte, faz sentido a definição de pirataria manifestada pelo Secretario Geral da UNAC (União Nacional de Artistas e Compositores), Belmiro Carlos. Para ele a pirataria «é um cancro que come o artista vivo».  
 
A considerar que além dos ar­tistas nacionais, o novo corsário também reproduz CDs de artistas internacionais, «esse ‘Jm’, acredi­to, deve ter a vida feitíssima», disse Alca Fernandes, cantor e produtor da praça musical nacional, para quem «Angola, um dia há de ter problemas por causa disso».
«O pirata é qualquer um que chega na portaria e compra o pri­meiro CD. O pirata não tem rosto. E lutar com quem não tem rosto é complicado», denotou Argildo Manuel da Silva (Sidney), Director Geral Adjunto da LS Produções.
 
O «JM» é uma pessoa que está muito bem protegida, como con­vém a um «Capitão Pirata». Longe de ser um zarolho, é um olhudo. Em vez de ser «ele», pode ser «ela». Tanto pode ser «um» ou serem «muitos» – o que é mais provável. O facto concreto é que a «Jm Mu­sic», agindo por trás da cortina, é o fantasma que assombra o music hall angolano.

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