Os vendedores do mercado do Panguila, no município do Cacuaco, em Luanda, dão conta da possibilidade de existência de petróleo debaixo do subsolo no local onde foi erguida a nova praça que alberga os antigos vendedores do Roque Santeiro, assim como os seus arredores.
O assunto continua a ser muito comentado pelos vendedores, mas ninguém confirma nem desmente a informação que já circula desde o ano passado.
Até agora, a administração do mercado, assim como as autoridades municipais de Cacuaco não fizeram um pronunciamento público para esclarecer o que realmente se está a passar naquele local.
Embora o assunto se pareça tratar de simples especulação, sugere-se que as suspeitas da presença de crude na zona em causa, tenha surgido na sequencia de uma, análise feita pelos próprios vendedores, que ao mesmo tempo duvidam sobre o facto.
De acordo com as análises dos memos, desde que o mercado foi aberto ao público, em finais do ano passado, os vendedores têm vivido um excesso de calor não muito comum a sair debaixo do subsolo para a superfície.
Outra causa que sustenta ainda esta informação, também não confirmada, prende-se, com o facto de na altura em que as obras do mercado estiveram em curso, por uma construtora chinesa, esta terá encontrado vestígios de substâncias líquidas de cor negra perante as escavações. “Sendo esta uma das razões que tem motivado os comerciantes a chegarem a essa conclusão, contou um vendedor.
Outro comerciante reforçou, dizendo que na altura em que os vendedores do Roque se mudaram para o Panguila, já muitos se falava sobre o assunto.
Inclusive falava-se de uma nova retida do mercado daquele recinto, por supostamente existir petróleo. Baseando-se nestas mesmas informações, a praça seria instalada na zona da Cimangola, nas imediações da fábrica com o mesmo nome, num espaço com mais de 200 mil metros quadrados, o que terá provocado algumas inquietações aos vendedores. Este facto fez com que os vendedores se dirigissem a administração do mercado pedindo esclarecimentos. “Mas fomos informados que tais declarações não Passam de Dura e simples especulação sem fundamento”.
O Continente contactou a administração do mercado, tendo-se mostrado indisponível em adiantar qualquer informação sobre o assunto, alegando falta de autorização da administração municipal.
Este jornal abordou alguns moradores dos arredores do mercado do Panguila sobre o tão intrigante caso e controverso, que também duvidaram da sua existência.
Josefina dos Santos, moradora há 12 anos, que viu aquela localidade nascer desde finais dos anos 90, lembrou que o terreno do Panguila em toda sua extensão é argiloso.
A interlocutora acredita haver mau entendido da parte dos vendedores, tendo explicado que quando chefe naquela parcela de Cacuaco, o oscilar do Sol sobre o solo faz com que o lodo atinja uma temperatura muito elevada.
“O calor é igualmente verificado dentro das residências, tomando quase insuportável as pessoas se manterem por muito tempo dentro das suas moradias”, contou a fonte. O Continente fez todos os esforços no sentido de ouvir a administração municipal de Cacuaco, mas sem sucesso.