Os vendedores do mercado do Kikolo, localizado no município do Cacuaco estão insatisfeitos com a sua direcção, que até ao momento não criou condições de saneamento básico neste espaço.
Outra preocupação dos vendedores é a criminalidade que invadiu mercado e que põe em causa o negócio.
Os comerciantes do Kikolo reclamam da higiene do espaço e não percebem corno é que está no estado em que se encontra. Isto porque, como, alegam, o mercado arrecada todos os dias cerca de 800 mil kwanzas em taxas. “Não sabemos -para onde é que vai este dinheiro.
Pagamos todos os dias a taxa, por que é que eles também não podem –; fazer a-parte deles?”, questionam notando que quando alguém paga fora de horas fazem um pé-de-vento. “Se demoramos a pagar, vêm aqui fazer confusão e ameaçam a pessoa de que vão levar o produto. Isto não é justo”, ilustra uma vendedora.
Mónica de Jesus, que há mais de sete anos vende no mercado do Kikolo, diz que o comportamento do administrador “é muito negativo” e apela a quem de direito para resolver o problema, referindo-se em concreto ao Governo Provincial de Luanda.
“Acho que o nosso governo perde muito dinheiro. O que pagamos todos os dias vai para o bolso destes senhores, que dizem ser fiscais”, afirma, acrescentando que o montante que é pago todos os dias daria para resolver muitos problemas. Segundo estimativa da jovem, o mercado do Kikolo factura 700 mil kwanzas por dia. “Estamos no nosso direito de exigir melhores condições de saneamento básico” frisou.
Os comerciantes insistem não compreender a aplicação dos recursos arrecadados pela administração do mercado. “Não ternos água, energia e o lixo está em todos os cantos do mercado. Comemos aqui neste lixo. Porque é que não pensam um pouco nas “pessoas”? Com estas chuvas muita gente já tem cólera, é muito triste o comportamento destes nossos homens”.
Outra preocupação dos vendedores e moradores da zona é a criminalidade que invade o mercado. Dizem mesmo que. os marginais não têm hora para actuar. “Minha irmã, nós aqui passamos mal. Estes bandidos não têm pena das pessoas, já me foram roubados cerca de 11 mil dólares, e o mais agravante é que tinha dois agentes da polícia ao lado e não fizeram nada”.
João António, comerciante, diz não saber o que fazem os agentes da esquadra que fica junto ao mercado. “Estes agentes só fazem envergonhar a Policia Nacional Parece ate que não ganham, ate por 100 kwanzas eles se vendem as pessoas podem estar a ser assaltados e não fazem nada.
Afirma, acrescentando que o montante que é pago todos os dias daria para resolver muitos problemas. Segundo estimativa da jovem, o mercado do Kikolo factura 700 mil kwanzas por dia. “Estamos no nosso direito de exigir melhores condições de saneamento básico”, frisou.
Os comerciantes insistem não compreender a aplicação dos recursos arrecadados pela administração do mercado. “Não ternos água, energia e o lixo está em todos os cantos do mercado. Comemos aqui neste lixo. Porque é que não pensam um pouco nas pessoas? Com estas chuvas muita gente já tem cólera, é muito triste o comportamento destes nossos homens”
Segundo alguns vendedores que falaram ao Novo Jornal, outra dor de cabeça é o acesso ao mercado. “Temos muitas dificuldades, a estrada não está boa, os carros não têm como aqui chegar. Já contactámos o administrador municipal para poder fazer alguma coisa em relação à estrada. Nós pensamos fazer uma contribuição, mas não tivemos uma resposta positiva por parte do governante. Não sabemos se a informação chegou até ao administrador”.
Uma fonte da administração do mercado do Kikolo que não quis identificar-se reconhece que as grandes dificuldades prendem-se com o acesso e a recolha do lixo.
Ainda de acordo com a fonte a taxa estipulada para a ocupação do espaço é de 100 kwanzas. Os vendedores declaram, contudo, que há mais do que uma taxa. “Há dias em que pagamos 100, outros 200 e outros ainda 300 kwanzas, aqui não há controlo. Pedimos ao governador da província de Luanda para visitar o mercado e constatar de perto as dificuldades que vivemos”.
O mercado arrecada cerca de 800 mil kwanzas por dia, 20 por cento fica para a gestão do mercado e o restante valor vai para o Tesouro Municipal.
A situação do Kikolo é semelhante a de outros mercados da cidade capital. O Asa Branca, no Cazenga, padece dos mesmos problemas e queixa-se das mesmas dificuldades.