Nas imediações da escola “Che Guevara”, na Avenida Deolinda Rodrigues, uma das mais recém passagens superiores abertas aos utentes, o cenário dispensam comentários.
De referir que nesta passagem, particularmente nas autoridades coloca, e bem, nas bermas ruas, arame farpado, o que obriga os transeuntes atravessarem pela passagem superior.
Em face do lixo, sobretudo criado por vendedeiras, os utilizadores destas passagens afirmaram ser ” vergonhoso e inacreditável o que temos vindo a assistir. Vemos diariamente pessoas ligadas a empresas de limpeza e saneamento a varrer as ruas da cidade de Luanda e ninguém se lembra das passagens superiores criadas para evitar o perigo de atravessar neste já tão complicado trânsito automóvel”, desabafaram, com tristeza, os utentes das referidas estruturas.
Na opinião das pessoas que não têm outra alternativa senão transitar pelas passagens aéreas, “não se pode compreender como é que, inclusive, excremento humano aparece nestas passagens, se mesmo ao lado da entrada para quem vem do triângulo dos congoleses existe uma esquadra móvel da Polícia Nacional”.
Para as fontes do “Factual”, os transeuntes destas passagens podem inclusive contrair doenças graves devido à inalação do cheiro e por pisarem no amontoado de lixo diverso.
Os utentes informaram que ultimamente a maioria das pessoas prefere fazer a travessia um pouco mais abaixo, junto a escola “Che Guevara”, com todas as consequências para o trânsito automóvel e a segurança dos transeuntes.
Para apurar o seu estado de higiene, a reportagem deste Semanário visitou algumas passagens superiores, nomeadamente as situadas em frente ao Jumbo, na parte traseira da Rádio Nacional de Angola (RNA), junto à vila do Gamek vila, no Morro da Luz, no centro de saúde da Samba, na Hyundai, no hospital do Prenda, na estalagem (apenas uma parte de estrutura erguida) e na vila de Viana (das quais existentes apenas uma tem sido usada).
Situação das pontes: superior é deplorável
Sem sombra para dúvidas, em 90 porcento das passagens superiores situação de higiene é que sempre deplorável, havendo situações em que são igualmente usadas pelos (as) vendedores ambulantes, num convívio n recomendável entre transeuntes, lixo e zungueiros (as).
Tudo se passa na maior das normalidades: O transeunte está a passar, a vendedeira puxa a banheira do negócio para permitir a circulação e, quem quiser mar, por exemplo, é só esquinar por debaixo da ponte. Ninguém diz nada, ninguém faz nada. Tudo 1 maior (!).
As fontes acrescentam que a situação do lixo nas passagens superiores para peões é particularmente gravíssima quando chove na cidade capital, enquanto, com as águas, torna quase impossível fazer a travessia.
“Interrogamos a quem devemos cobrar os cuidados de higiene destes espaços. As administrações municipais estão nas suas sete quintas. E como se diz: Não há pior cego que aquele que não quer ver”, comentaram testemunhas.
Os utentes reclamaram igualmente a falta de iluminação adequada nestas passagens, o que as torna suspeitas de atravessar no período nocturno.
Na ronda realizada pela reportagem deste jornal, um aspecto que saltou à vista é que a localização de algumas passagens superiores também dificulta o acesso aos utentes, por estarem situadas em pontos distantes dos de maior frequência de citadinos.
De salientar que no município de Viana as pontes que estão situadas no término, na estação dos Caminhos-de-ferro do Kapalanga e junto ao Porto Seco não são usadas por estarem em pontos em que não há potenciais necessitados.
Estrada do Rocha Pinto carece de passagens aéreas
Neste caso particular, o ideal seria retirar estas estruturas que tanta falta estarão a fazer em avenidas como as do Rocha Pinto e outras.
A este propósito, as fontes foram unânimes em afirmar: “lá onde estão é verdadeiro desperdício”.
Para compreender melhor a situação o “Factual” contactou varias entidades ligadas à limpeza e ao saneamento básico, entre as quais a “THOMASERVICE, prestação de serviço”.
Manuel Diogo, director executivo da referida empresa, sublinhou ser lamentável o estado de higiene destas passagens, situação que, no seu entender, pode ser ultrapassada no âmbito das parcerias público -privadas.
“Estamos no mercado há já alguns anos e, neste particular, a “THOMASERVICE” tem já um projecto acabado tanto para a limpeza e saneamento básico destas passagens superiores para peões, como para manutenção de edifícios em vários municípios de Luanda, tais com Sambizanga, Maianga, Ingombota e Kilamba Kiaxi”, explicou Manuel Diogo.
Para o responsável desta empresa, com sede no bairro Ngola Kiluange, sito no município do Sambizanga, “acções do género surgem na necessidade dos privados complementarem as acções do Executivo no âmbito da melhoria das condições básicas dos luandenses”.
A referida empresa tem trabalhado nas vertentes de limpeza domiciliária e industrial, esgotos, recintos diversos e desinfestação.
De recordar que, em declarações recentes, o governador provincial de Luanda, José Maria dos Santos, solicitou a contribuição de todos os citadinos no sentido de participar nos esforços de reconstrução da cidade capital.