O combate à fome e a redução significativa da pobreza constitui um dos maiores desafios do Executivo angolano, afirmou ontem, em Luanda, a Secretária do Presidente da República para os Assuntos Sociais.
Rosa Pacavira, que usou da palavra no encerramento do seminário provincial sobre a implementação dos programas municipais integrados de desenvolvimento rural e combate à pobreza, falou de algumas acções em curso para melhorar a vida dos angolanos.
Mas para que estes programas tenham êxito, Rosa Pacavira defende a formação dos gestores; particularmente os administradores municipais e comunais, que constituem a, “pedra principal” na implementação das acções. Acrescentou que a planificação e execução dos programas nos municípios devem reflectir as necessidades reais da população.
A também coordenadora do programa nacional de combate à pobreza referiu que a província de Luanda concentra 30 por cento da população de Angola e que não é fácil resolver todos os problemas existentes nos diferentes domínios da vida social, mas é preciso começar por decisões firmes e determinantes e na aplicação das orientações traçadas para o bem de todos.
“Para 20 11, é imperioso adequar os procedimentos de actuação jurídicos e organizativos para permitir uma melhor interacção a partir dos municípios, comunas e povoações”, disse. Rosa Pacavira disse também que com a aprovação da Constituição e de alguns diplomas relacionados com a administração local do Estado, estão criadas condições favoráveis para que o processo de desconcentração e descentralização administrativa de Angola tenha um curso célere e eficiente.
Por isso, solicitou aos administradores, cada um ao seu nível, a entenderem esse desafio como uma forma de potenciar as suas responsabilidades e capacidade de liderança dentro dos limites geográficos.
Crescimento económico
A redução da pobreza, salientou, tomou-se um dos factores preponderantes para a edificação de uma economia sustentável, devido ao impacto que provoca na melhoria das condições de vida da população, sobretudo para a normalização do crescimento económico, depois da crise financeira internacional.
Rosa Pacavira 1e.mbrou que os programas integrados incluem acções no domínio da saúde, educação, infra-estruturas básicas, comércio rural, água e energia, produção 19cal e formação profissional.
“E neste novo cenário político económico e social promissor que se harmonizou o actual programa integrado de combate à pobreza, de modo que as realizações sejam mais decisivas e melhor dirigi das”, disse.
Mais interacção
A vice-governadora de Luanda para a área técnica e infra-estruturas, Carla Ribeiro, garantiu, por seu turno, que o Executivo vai continuar a mobilizar e a interagir com todas as instituições públicas e agentes privados para responder ao compromisso da construção de habitações sociais.
Cada Ribeiro afirmou que o objectivo traçado visa fazer face à gradual redução do défice habitacional no país e defendeu uma maior intervenção e acções nas zonas rurais e musseques, para melhorar a qualidade de vida da população.
Na abertura do seminário, na sexta feira, o governador provincial de Luanda, José Maria dos Santos, considerou o programa municipal integrado de combate à pobreza uma ferramenta que influencia no desenvolvimento humano, aumenta a qualidade de vida das populações e o êxito na sua implementação depende de todos, em particular das autoridades.