Manuel Veleira, funcionário de uma empresa de comunicação, disse que se deveria proibir a prática do comércio por parte dos zungueiros chineses, pelo facto de não estarem legalizados. “Muito deles saíram da prisão e vieram a Angola para cumprir um contrato de trabalho na área da construção civil”, lembrou, realçando que o Governo deve tomar medidas a fim de acabar com o comércio ambulante por parte dos chineses.
Margareth Clarisse, estudante de apenas 14 anos, disse nunca ter adquirido nenhum medica’11ento em mãos de zungueiros chineses, pois não acredita na eficácia dos mesmos. “Parte dos produtos que vendem são artificias, nem tudo é natural, por essa razão, prefiro não arriscar”.
Paulo Bonifácio, estudante, disse que os chineses vieram ao nosso país no intuito de ajudar na sua reconstrução e não para aumentar o fluxo de vendedores ambulantes, por outro lado, salientou que os produtos comercializados pelos mesmos são de qualidade duvidosa. “O Governo deveria repatriar todos eles, porque não têm visto para trabalhar e isso é um trabalho ilegal. Estão a infringir a lei.”
Rogério Benjamim, outro cidadão que se manifestou sobre o assunto, diz que os produtos comercializados pelos chineses “são bons” e acrescentou que conhece alguém que comprou uma pomada para dores na coluna e que ficou bom.
Já Flankin dos Santos disse já ter visto chineses a zungarem os mais variados produtos em varias artérias da cidade capital, destacando os medicamentos naturais. “Todo imigrante procura melhores condições de vida, mas isso não quer dizer que eles têm que recorrer a prática de vendedor ambulante, uma vez que estamos a lutar para acabar com isso”, referiu. Entretanto, destaca que um vizinho seu, que usou um tipo de bálsamo vendido pelos asiáticos, obteve resultados.
Luís Fernandes, de 28 anos, técnico de informática, diz que na sua opinião deveria ser proibida a venda ambulante por parte dos chineses, pois, os zungueiros nacionais têm sido agredidos por parte de agentes da polícia.
Luís Filipe, analisando a questão, culpa o governo pela situação e lembra que os chineses não vieram a Angola para fazer comércio. “Nós nunca vimos um angolano a zungar na china, porquê que os chineses o fazem aqui no nosso país?”, questionou, deixando no ar outras questões como a proveniência dos produtos e se estes pagam as taxas aduaneiras exigidas.