Preocupado com as fontes de receitas para suportar as despesas de 2011, o responsável da agremiação desportiva do município mais a Sul de Luanda não evitou nenhum gesto nem expressão para lembrar que o extinto mercado do Roque Santeiro e o parque de estacionamento que se situava à entrada da então maior praça de Angola, rendiam aos cofres da escola um valor monetário capaz de suportar as exigências diárias.
A quantia mensal que provinha dos antigos armazéns e parqueamento superava mensalmente os 50 mil dólares, confessou Norberto de Castro, que chegou mesmo a concluir, por cálculos feitos, que as casas de renda garantidas no novo mercado do Panguila não renderiam sequer cinco por cento daquela maquia, a julgar pelos sete metros quadrados de área dos novos compartimentos.
“O engraçado da história é que eles nunca me mostraram as referidas instalações”, confessou, ao ponto de classificar os imóveis como verdadeiros postos de arrecadação e não armazéns.
O responsável reconheceu ter visto apenas o parque de estacionamento, em relação ao qual inqueriu se só tinha de geri-lo, se pagaria imposto ou se seria o proprietário de uma secção da obra Estado.
”Até hoje, não me explicaram nada sobre os padrões de gestão”, esclareceu, razão porque se encontra apartado do negócio do parque do Panguila. Face a isto, Norberto de Costa pensa reduzir o número de atletas internos, por escalões, de 220 para cem alunos, optando pelos escalões de formação de menor nível etário.