O governador provincial de Luanda, José Maria Ferraz dos Santos, visitou ontem as instalações da Empresa de Desenvolvimento Urbano (EDURB) para constatar (j funcionamento e as dificuldades que enfrenta.
José Maria recebeu explicações de como foi concebida urbanização de Luanda Sul e visitou a subestação da EPAL do Benfica e áreas urbanizadas que foram invadidas na zona de Talatona.
A vice-governadora de Luanda para a Área Técnica, Carla Leitão, em nome do Governo Provincial de Luanda, disse que a visita serviu para verificar o andamento do projecto de Luanda Sul, particularmente no que diz respeito à fiscalização e às perspectivas de desenvolvimento futuro.
Carla Leitão disse que o Governo Provincial de Luanda vai retomar o processo, perspectivar novas áreas de desenvolvimento e revitalizar o órgão criado para a gestão das reservas e dos projectos imobiliários.
Carla leitão disse que Governo da Província de Luanda vai levar a Tribunal todos os que participaram na invasão dos terrenos da Empresa de Desenvolvimento Urbano. Admitiu também a abertura de negociações para o seu realojamento.
Paulo Nogueira, director-geral da Empresa de Desenvolvimento Urbano (EDURB), disse que o Programa Luanda Sul vive o momento mais crítico da sua existência devido às invasões das áreas de desenvolvimento por parte dos população, o que tem inviabilizado a sua missão de promover o desenvolvimento urbano.
Paulo Nogueira disse que na área de Talatona as ocupações ilegais provocam o caos e impossibilitam a construção de infra-estruturas. “Sem área de expansão para o desenvolvimento, não é possível realizar infra-estruturas”, disse.
Visitas de surpresa
O governador de Luanda, José Maria Ferraz dos Santos, realizou quinta-feira visitas de surpresa à Maternidade Augusto Ngangula, aos Hospitais dos Cajueiros e do Kilamba Kiaxi e ao Centro de Saúde da Terra Nova.
Na Maternidade augusto Ngangula, no município da Ingombota, o governador percorreu as salas de internamento da pediatria, enfermarias, bloco operatório, a morgue, refeitório e outras áreas da instituição. No Hospital dos Cajueiros, no município do Cazenga, o governador visitou a maternidade, o banco de urgência, a pediatria, a sala de reanimação e constatou que “a assistência é péssima porque os pacientes esperam mais de três horas para serem atendidos por um enfermeiro”. Quanto ao centro de saúde de Terra Nova, o quadro é idêntico ao do Cazenga. Depois de visitar o banco de urgência e as áreas de medicina e pediatria, o governador foi informado das dificuldades existentes.
No hospital especializado do Kilamba Kiaxi, além da falta de médicos, a instituição não tem água nem energia eléctrica.