A invasão e ocupação das reservas fundiárias, que tem vindo a acontecer no município do Cacuaco, em Luanda, deve ser combatida pelos órgãos de polícia, defesa e serviços de segurança, para serem proteger os interesses supremos do Estado, afirmou o governador provincial de Luanda.
O governador José Maria dos Santos, que falava durante uma visita ao município, lembrou que a terra é propriedade originária do Estado e é importante proteger todas as áreas delimitadas como reservas fundiárias.
“A política de protecção das reservas fundiárias preocupa-nos e é fundamental que no Cacuaco sejam tomadas medidas”, afirmou o governador de Luanda, que está preocupado com a questão do saneamento básico e a prestação das empresas contratadas para a recolha do lixo, que, de forma geral, não tem sido deficiente. Em Luanda, disse, os valores gastos com as operadoras de recolha de lixo estão próximos dos 20 milhões de dólares por mês. A falta de cultura ambiental e o não cumprimento do horário de deposição de lixo por parte dos moradores nos locais indicados fazem parte das dificuldades que foram apontadas.
“Temos de ter alguma atenção com os recursos do Estado e verificar se a intervenção dos parceiros privados corresponde também ao desempenho das empresas a favor da população”, disse José Maria dos Santos, que prometeu agir para que haja maior integração das estruturas administrativas na fase final da aprovação dos contratos com as empresas privadas de recolha do lixo.
Insuficiências na recolha
O administrador municipal do Cacuaco, Carlos Cavuquila, explicou que as duas empresas que operam no município do Cacuaco são insuficientes diante da vasta extensão territorial e que a qualidade de trabalho é deficiente. Carlos Cavuquila disse que os constrangimentos na recolha do lixo estão ligados à operacionalidade, situação que resulta em descoordenação porque as administrações municipais não intervêm no processo de contratação. Cavuquila admitiu que já não existem montanhas de lixo, mas que se observam casos de permanência de lixo durante vários dias por insuficiência de meios para a recolha. “E necessário que daqui para o futuro, sempre que houver contratação, as administrações sejam chamadas para dar sugestões”, disse.
No Cacuaco, o governador José Maria dos Santos e a sua equipa percorreram as obras de construção do hospital municipal e da morgue, o projecto de abastecimento de água e a passagem hidráulica do Bairro Paraíso, Bairro dos Pescadores e a Avenida Ngola Kiluanji, no desvio da Cimangola, e as zonas de risco do bairro Balumuka e da Boa Esperança.