O presidente da comissão de moradores e soba grande da Samba Pequena, Paulo Sebastião, lamenta o abandono a que a sua circunscrição tem sido votada pela administração local.
O soba grande admite haver acidentes frequentes na zona devido às construções anárquicas feitas em zona de risco. O ancião residente na zona desde 1954, vê-se incapacitado para combater a situação face a ignorância dos moradores e da própria administração que de acordo com o interlocutor, “ nunca reúne com a comissão local “
“ Nós dissemos às pessoas para não construírem nas zonas de risco, mas não nos escutam. O senhor administrador não reúne connosco. O que é que eu posso fazer? Nada”, lamentou o mais velho com tristeza espelhada no rosto.
A comissão de moradores funciona na casa do presidente por falta de um espaço próprio. Há muito que o responsável aguarda pela cedência de um espaço por parte da administração para que a sua comissão funcione com maior dignidade, mas “ o assunto é simplesmente ignorado pelas autoridades locais”.
O problema do saneamento básico e outros que enfermam o bairro levaram o soba grande da zona a redigir várias cartas a administração local, qualquer uma sem resposta até ao momento.
“ As casas não têm fossas, existem valas para ajudar as fezes. A vala grande está a ser construída há mais de cinco anos e nunca acaba. O chafariz não funciona á nos. Já escrevermos à administração, mas até agora nada” disse o interlocutor que receia o aumento das construções nas ares de riscos.
“ Temos avisado as pessoas para não construírem nas zonas de risco, mas ninguém me dá ouvidos e quando a chuva cai, as casa desabam e há pedras que soltam e matam pessoas”.
Lamentou o presidente que também reconhece ter havido uma redução considerável da criminalidade na zona.
O soba, que diz usar os seus parcos recursos para a redução de alguns casos pontuais, solicita uma maior atenção da administração local e apela, por outro lado, a uma maior atenção da administração e dos moradores. “ vê até para escrever um comunicado, gasto o meu próprio dinheiro e sem reembolso. Somos ignorados. Isto não está certo”, Concluiu a fonte.