AS IMEDIAÇÕES DA BASE CENTRAL da Logística das Forças Armadas Angolanas (FAA), estão transformadas num verdadeiro mercado informal, denunciou ao Novo Jornal uma fonte do Ministério da Defesa Nacional.
Segundo a mesma fonte, hoje é comum encontrar no mercado negro quantidades significativos de bens destinados aos militares saqueados na referida base.
“Logísticos saqueiam viveres nos armazéns da BCA em plena luz do dia, vendendo às senhoras e ninguém os incómoda”, acrescentou.
Defronte à BCA, prossegue a fonte, “existe uma rede de senhoras em colaboração com alguns responsáveis dos armazéns que conseguem desviar diariamente perto de meia tonelada de produtos diversos”.
“Os seus autores nunca foram responsabilizados. A Inspecção Geral das FAA não consegue tomar medidas para conter essa “praga” que prejudica as unidades militares”, adiantou a fonte. Por outro lado, o Estado-maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA) defende o aumento da produção de hortícolas nas unidades e subunidades, com vista a melhorar a dieta alimentar das tropas.
De acordo com a fonte, nível da direcção da logística não existe uma planificação eficiente, o que tem provocado a rotura nos stocks.
“A dieta alimentar nas unidades está péssima. Muitas carecem de quase de tudo”, revelou a fonte, considerando ser pertinente a melhoria do abastecimento técnico às unidades, bem como a formação e reciclagem dos especialistas do ramo.
Para a mesma fonte, os especialistas da logística devem prosseguir com determinação, disciplina e organização o desempenho das tarefas a si cometidas.
A nível dos três ramos das F AA, os problemas alimentares agravaram-se mais no Exército, aquele que detém maior número de efectivos e material militar.
Este ramo terrestre, para além das principais direcções de armas, serviços e repartições independentes que compõem o seu Estado-Maior, está geograficamente implantado em todas as zonas do país, através das regiões militares Norte, Centro, Leste e Sul.