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Fazendas á espera do divórcio com a letargia (I)

Qualquer que seja a analise, mesmo com a velha questão ligada á falta de incentivos direccionados aos produtores ainda em voga, é incontornável o papel do estado, a entidade dinamizadora de todas as transformações.

Os moribundos complexos agro-pecuários espalhados pelo interior de Benguela começam, agora mais do que nunca, a pedir as aldeias rurais, com infra-estruturas coo escolas, acessos, serviços de saúde, e, como não podia deixar de ser, meios para a produção de bens e serviços.

A estreia de um em­presário estrangeiro nas picadas de acesso a gral1des fazendas agro-pe­cuárias, acompanhada ao pormenor pelo Angolense, produziu elementos mais do que elucidativos sobre a campanha que pretende apresentar dados concretos em relação ao número de empreendimentos para agri­cultura e pecuária existentes na província de Benguela.

O processo de recadas­tramento de fazendas con­fiscadas pelo Estado depois de 1975, cujos resultados deverão servir de bússola para um amanhã divorciado da sonolência, é o testemu­nho de que o sector da Agri­cultura e Desenvolvimento Rural tenciona colocar as potencial idades ao serviço do combate à pobreza, da redução das importações e da segurança alimentar.

Uma viagem ao complexo do “Utalala” (Cubal), longe do asfalto que esconde mil­hares de campos agrícolas por desbravar, acabou, dizíamos, por fornecer da­dos que justificam a iniciati­va do MINADER. Antes da chegada ao “Utalala”, um dos poucos exemplos a ter em conta, mas nem por isso isento de deficiências, fomos divisando sobras de um pas­sado auspicioso ao longo dos quase 150 quilómetros percorridos.

Aparentemente abandonadas, várias fazendas com infra-estruturas destruídas – moradias e armazéns -, todas rechea­das de vestígios da pro­dução de sisal, algodão e outras culturas tradicionais na Benguela de ontem, deixaram boquiaberto o em­presário estrangeiro.

Guiada pelo presidente da Associação dos Agricultores, Manuel Monteiro, a nossa reportagem constatou que áreas d anteriormente utilizadas ré para a agricultura e a pecuária estão transformadas em palcos de d queimadas.

O semblante do d visitante traduzia, segurada mente, o espanto de quem d se encontrava num país em relação ao qual existem, para lá do crescimento eco­nómico, referências como fome, pobreza, fraca pro­dução e produtividade e out­ras não menos abonatórias.

 Isto, claro, se for analisado o que observava e o conjunto de informações que recebia de quem conhece a realida­de como ninguém. Basta dizer que Nelito Monteiro tem vindo a alertar as autori­dades para a necessidade de um ordenamento rural que defina as áreas de actuação para as classes empresarial, e cam­ponesa, ambas de extrema importância na luta pela segu­rança alimentar. Aliás, um dos motivos da nossa deslocação foi ouvir representantes de uma certa comunidade, pro­tagonistas de um conflito de terra que os opunha a um empresário.

“Situações des­tas ocorrem porque não existe ordenamento, a tal delimitação de espaços. Ninguém, óbvio, aceitará investir nestas condições”, resumiu a fonte, ciente de que a descapitalização do sector privado constitui outro proble­ma. Como que na mesma linha de pensamento, alguns camponeses disseram que se encontravam na área da dis­córdia” há vários anos, mas não souberam indicar o ponto que separa o espaço de cada um. Este semanário pôde observar a prática de agri­cultura familiar a um palmo de dezenas de cabeças de gado bovino, pertencentes ao em­presário em causa, que terão devorado bens agrícolas pro­duzidos por camponeses.

Diante deste quadro, Ma­nuel Monteiro, uma vez mais confrontado pelo jornal Ango­lense, voltou a bater na mesma tecla: “tal como venho defendendo, é necessário que chegue o ordenamento rural, tarefa para a qual o Estado é chamado a intervir. Certamente a pensar neste projecto, o sector da Agricul­tura e Desenvolvimento Rural quer saber o número de fazendas existentes e o ponto de situação das mesmas, segundo informou o seu titu­lar, o Engenheiro Abrantes Carlos.

O responsável adian­tou que as estimativas apon­tam para mais de duas mil, sendo que a maior parte está em situação  de subaproveitamento. “Apenas vinte fazendas ou pouco mais estarão a funcionar, mas com muitas dificuldades, por isso é que vamos retirar aos menos capazes e conceder o direito de exploração a agricultores que se mostrem aptos, com vontade de trabalhar em prol das comunidades”, ressaltou.


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