O serviço de protecção civil e Bombeiros da Huíla admitiu que as demolições de residências ocorridas em 2010 ao longo do rio Mukufi, que rasga parte da cidade do Lubango, estão a contribuir para o quase nulo registo de desabamentos de casas como consequência das fortes chuvas que têm caído sobre a província nos últimos dias.
Segundo o porta-voz daquele organismo na região, João Saldanha, apesar da intensidade das chuvas nenhuma situação grave que obrigasse à intervenção do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros ocorreu até ao momento, facto que, afirmou, não põe relaxada a corporação, porque o risco” é sempre iminente”.
Como consequência das chuvas há a registar o desabamento da ponte sobre o rio Banjo, no troço que liga os municípios de Cabinda e Caduquem, no norte da Hw1a, que neste momento está a merecer a intervenção do Instituto de Estradas de Angola, INEA. A solução deverá passar pela colocação de uma ponte metálica para facilitar a comunicação entre as duas localidades e, por esta via, entre as províncias da Quilha e Huambo.
João Saldanha anunciou, na ocasião, o início de um levantamento sobre as zonas consideradas de risco em toda extensão da província. Processo que, de acordo com as suas palavras, poderá ficar concluído durante o primeiro trimestre de 2011.
O Serviço de Protecção Civil e Bombeiros conta neste processo de levantamento das zonas de risco como apoio das administrações municipais que, para o efeito, já foram notificadas a prestar toda a informação indispensável sobre o assunto. João Saldanha anunciou também a previsão de abertura em 2011 dos novos núcleos dos serviços de protecção civil e bombeiros nos demais municípios.
Até aqui os bombeiros estão apenas em três dos 14 municípios que compõem a província, nomeadamente, na cidade capital, Lubango, Mata-la e Jamba.
A densidade populacional e o nível de desenvolvimento das localidades irão determinar a prioridade de instalação dos núcleos, esclareceu o porta-voz do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros da Huíla, João Saldanha.