As autoridades administrativas -da Ingombota, em Luanda, vão realizar, nos próximos dias, um trabalho de averiguação da legalidade da cedência de terrenos e de licenças de construção civil na comuna da Ilha do Cabo, com realce para a área da Chicala-I.
A administradora municipal, Suzana de Melo, disse ontem à Angop que a competência dada à administração não permite a autorização de obras de construção na Ilha do Cabo.
“Por esse facto, vamos fazer um trabalho intenso para saber, junto dos proprietários das obras, quem de facto cedeu os terrenos, mas pelo nosso lado não fizemos qualquer cedência, até porque a nossa competência não o permite”, sublinhou.
O vice-governador de Luanda para a área da Organização Administrativa, Graciano Domingos, prometeu uma intervenção do governo provincial contra as construções anárquicas em alguns pontos na com una da Ilha do Cabo, município da Ingombota.
O responsável, que fazia no sábado o balanço da visita de campo de uma delegação multi-sectorial do Governo Provincial de Luanda (GPL), chefiada pelo governador, José Maria Ferraz dos Santos, ao município da Ingombota, disse existir um grau acentuado de construções anárquicas, com realce para o bairro da Chicala-
I. Durante a visita, foi verificada a execução de obras diversas de particulares, incluindo edifícios de até três andares junto à orla marítima, numa zona entulhada para o efeito.
A Ilha do Cabo, ou Ilha de Luanda, é uma estreita língua de terra com sete quilómetros de cumprimento que, separando-a do Oceano Atlântico, cria a Baía de Luanda, em Angola.
A Ilha, como a chamam os habitantes de Luanda, é uma península ligada à cidade por um pequeno rompimento no sopé da ex-Fortaleza de São Miguel. E o local de divertimento e lazer por excelência dos luandenses, podendo aqui encontrar-se uma grande variedade de equipamentos turísticos, dos bares aos restaurantes junto ao mar e das discotecas aos hotéis, sem esquecer os mercados de rua e as inevitáveis praias.