A decisão do Executivo de descentralização administrativa dos municípios está a deixar satisfeitos os administradores, que consideram a nova metodologia de trabalho uma forma eficaz de combater a fome e a pobreza.
O administrador municipal do Rangel, Macial Neto “Makavulo” disse ao Jornal de Angola que o novo método de trabalho permite melhor aproximação dos administradores às populações.
“Esta mudança é positiva, permite a aproximação às comunidades. Partindo do princípio que o nosso objectivo é resolver os problemas da população, o programa vai delinear as acções para resolução dos problemas”, disse, acrescentando que, no caso do combate à pobreza, existe já um programa elaborado.
Macial Neto disse que o programa do Executivo estabelece prioridade absoluta ao bem-estar da população. “Temos de rever o nosso plano de gestão”, disse. O administrador fala na necessidade de requalificar o município para garantir melhores condições de habitabilidade aos cidadãos.
Explicou que as prioridades recaem sobre a revisão do modelo de recolha de resíduos sólidos e a recuperação de vias terciárias, para melhorar a circulação de pessoas e bens no município. Para fazer face aos desafios, afirma que a prioridade vai para a formação de quadros.
O administrador municipal do Belize, em Cabinda, José Kubaia também se manifestou satisfeito com a descentralização administrativa dos municípios. “Vamos poder tomar decisões e executar trabalhos sem esperar pelo governo provincial”, disse, acrescentando que a prioridade para Belize é a conclusão da construção da aldeia de Caio Guembo, onde vai ser montado o sistema de abastecimento de água potável, saneamento básico e hospitais. Na Lunda-Norte, o administrador do município do Chitato, Marcelino Chissupa, considera a decisão “muito significativa”, uma vez que vai permitir o desenvolvimento noutras áreas da região que administra.
“Neste momento, a existência de unidades hospitalares é satisfatória. Só no hospital do Chitato, existem 100 camas e vai ser construído outro com capacidade para 260”, disse.
Em relação aos enfermeiros, o administrador afirma que o município está bem servido. Para ele, a descentralização administrativa dos municípios vai contribuir, de forma directa, para o combate à fome e à pobreza.