Os moradores dos bairros Cardoso, Compão e Bandeira, no Sector 1, 5 e 15 na comuna do Kikolo, acusam o administrador Zeferino Jacob de desvio de fundos provenientes das receitas arrecadadas nos fontenários naquela região do Cacuaco, em Luanda.
Segundo os populares, o responsável está a empregar pessoas amigas, em detrimento das que já vêm exercem a actividade há bastante tempo, alegadamente, para conseguir os seus intentos. Os trabalhadores antigos foram promovidos a supervisores, estando, mesmo assim, distantes de qualquer controlo da actividade diária. Estes auferem um salário mensal de oito mil kwanzas, enquanto os seus amigos recebem 20 mil.
As receitas dos chafarizes, ao que se sabe, deveriam servir para a sua manutenção e subsidiar os funcionários dos mesmos.
Apesar da procura e o número elevado dos necessitados do precioso líquido, Zeferino Jacob deposita apenas cinco mil kwanzas por dia, nos cofres do Estado.
Comenta-se que o administrador tem orientado os homens da sua confiança para não apresentarem todo o dinheiro arrecadado por dia.
Devido à falta de manutenção os chafarizes estão a funcionar com muitos problemas as munícipes alertam o administrador municipal do Cacuaco, Carlos Cavuquila, para pedir contas a Zeferino Jacob e sua equipa para explicarem-se sobre a distribuição da água no Kikolo, uma vez que nos últimos dias registaram-se inúmeras irregularidades.
Segundo apurou este semanário, a Epal não tem o controlo da distribuição de água naquela zona, tão pouco das receitas arrecadadas.
“O Executivo deveria prestar maior atenção a estes pequenos projectos, porque é dai onde os administradores municipais e comunais se aproveitam desviar fundos públicos”, alertou um morador.
Kikolo é, igualmente, acusado, de ter vendido terrenos que eram considerados reservas do Estado. Os terrenos terão sido vendidos, com maior incidência, no bairro Malueca.
Zeferino Jacob, ao que consta, estaria a ser protegido pelo 10 secretário comunal do MPLA, Sozinho, pelo administrador adjunto, Dala e a senhora Catarina Benguela, acusados de maltratar os populares, ameaçando-os com prisão.
A ausência do saneamento é também uma das preocupações apresentadas pelos moradores O Continente tentou contactar o administrador comunal do Kikolo, tendo o esforço saído infrutífero.